Ações de varejistas despencam com isenção a importadoras

Por volta de 14h30, varejistas amargavam perdes significativas no pregão do Ibovespa, ao contrário do que foi visto na semana passada

 

As ações de gigantes do varejo brasileiro derretem nesta terça-feira (18), após o governo federal anunciar que pretende manter a isenção de importadoras como Shein, Shoppe e Aliexpress para compras de até US$ 50. 

Por volta de 14h30, a C&A (CEAB3), Renner (LREN3) e Marisa (AMAR3) amargavam perdes significativas no pregão do Ibovespa, ao contrário do que foi visto na semana passada, quando o governo revelou a intenção de taxar transações internacionais de baixo valor. 

A C&A caia 1,66% com papéis cotados a R$ 2,96, a Renner registrava queda de 3,94% com cotação de R$ 16,08 e a Marisa, que está em crise e enfrentando risco de recuperação judicial, diminuía 6,85%, com cotação avaliada em R$ R$ 0,68. 

Haddad volta atrás e mantém isenção em compras internacionais

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), voltou atrás, nesta terça-feira (18), sobre a isenção do imposto sobre encomendas internacionais de até US$ 50 (cerca de R$ 250). Segundo Haddad, o recuo na decisão foi determinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O presidente pediu para tentar resolver isso administrativamente, usar o poder de fiscalização da Receita Federal sem a necessidade de mudar a regra atual porque estava gerando confusão de que isso poderia prejudicar as pessoas que, de boa-fé, recebem encomendas do exterior até esse patamar”, afirmou.

O anúncio feito pelo Governo na última terça-feira (11) de que o País cobraria impostos sobre todos os produtos de qualquer valor, como forma de coibir possíveis fraudes, não foi bem recebida pela população consumidora de grandes e-commerces asiáticos como Shein, Shopee e Aliexpress, que seriam afetados pela tributação.

A previsão era de que a fiscalização gerasse R$ 8 bilhões por ano aos cofres públicos, como parte de um pacote de medidas que visa atingir a meta de arrecadação de R$ 155 bilhões proposta pelo novo arcabouço fiscal, que passará por votação no Congresso.