As ações da Puma caíram 16% nesta sexta-feira (25), depois que a marca alemã de equipamentos esportivos disse que espera um prejuízo anual, já que as vendas diminuíram e as tarifas dos EUA prejudicaram o lucro.
A Puma tem lutado para atrair compradores, já que os tênis retrô relançados, como o Speedcat, não venderam tão bem quanto se esperava, e o presidente-executivo Arthur Hoeld, no cargo desde o início do mês, disse que a empresa precisa “corrigir o curso”.
“Este ano, 2025, será um ano de reinicialização para a Puma e 2026 será um ano de transição para nós”, disse Hoeld, ex-chefe de vendas da Adidas, que foi nomeado pelo conselho da Puma em abril para reverter o desempenho.
“Nós, como empresa, precisamos dar uma boa olhada em nós mesmos”, disse ele em uma teleconferência com jornalistas. “Temos um enorme potencial com uma marca que ainda não foi desbloqueada, mas uma marca que também exige uma redefinição e um novo caminho a seguir.”
Hoeld disse que planejava rever o plano de crescimento da Puma e fortalecer a qualidade da distribuição no atacado, e que daria um roteiro mais amplo sobre sua estratégia para a Puma até o final de outubro.
“A Puma está enfrentando uma crise de identidade existencial em termos de relevância em um setor de artigos esportivos que está mais competitivo , e em um momento em que a Nike, a maior empresa do setor, está fazendo seu retorno a partir do outono/inverno de 2015”, disse Piral Dadhania, analista do RBC.
A Puma registrou em 2024 US$ 9,6 bilhões em vendas, um crescimento de 4,0% em comparação a 2023, reforçando sua relevância no mercado esportivo após o acordo com a Seleção Portuguesa de Futebol. Atualmente a marca alemã ocupa a quarta (4ª) posição na indústria esportiva. Nike (EUA), Adidas (Alemanha) e Lululemon (Canadá) marcam presença no pódio, respectivamente.