Aéreas em desvantagem

Azul (AZUL4): ações desabam 11% pressionadas por petróleo

Os indicadores macroeconômicos apresentaram uma tendência negativa para os papéi da aéreas

Azul (AZUL4)
Azul (AZUL4) / (Foto: divulgação)

As ações preferenciais da Azul (AZUL4) derretem no pregão desta sexta-feira (12), destacando-se entre as maiores quedas da sessão. Por volta das 14h29 (horário de Brasília), os papéis das aéreas tocavam a casa dos 11,12%, atingindo o menor valor já registrado desde maio do ano passado. 

A queda relaciona-se pela valorização do preço do petróleo, o aumento dos juros, e a valorização do câmbio, de acordo com profissionais a par do assunto. 

O cenário desfavorável se reflete na queda da Gol (GOLL4) para uma mínima de R$ 1,40, representando uma diminuição de 6,04% fora do índice.

A aversão ao risco também afeta as companhias aéreas internacionais, como a American Airlines (AALL34) com queda de 3,29% e a Delta (DEAI34) com 1,40%. 

Azul (AZUL4): aéreas enfrentam semana desfavorável 

Nesta semana, os indicadores macroeconômicos apresentaram uma tendência negativa tanto para os papéis da Azul (AZUL4), quanto para outras empresas aéreas, culminando em um significativo aumento no preço do petróleo. 

Como resultado, as ações da Gol (GOLL4) também sofrem uma queda no mercado financeiro. Simultaneamente, a concorrente registra uma queda de 3,36%, chegando a R$ 1,44 por ação.

A abrupta valorização dos contratos futuros de petróleo representa uma má notícia para o setor aéreo, uma vez que aproximadamente 40% de seus custos operacionais estão vinculados ao querosene de aviação, um subproduto do petróleo. Dessa forma, se o preço do combustível aumenta, os lucros das companhias aéreas diminuem.

Em março, o petróleo atingiu seus maiores níveis desde a primeira semana de novembro de 2023. 

Além das investidas ucranianas contra instalações energéticas russas e do aumento das reservas de petróleo nos EUA, o mercado de commodities reagiu às recentes projeções da Agência Internacional de Energia (AIE), que revisou para cima a previsão de demanda e reduziu a oferta esperada para o ano de 2024. Essa alteração sugere uma pressão adicional no mercado de commodities.

O preço do petróleo WTI, referência americana com entrega programada para junho, registrou um aumento de 1,71%, atingindo US$ 80,19 por barril. 

Enquanto isso, o Brent, referência global para maio, teve um avanço de 1,65%, alcançando US$ 85,42. Estes valores representam as maiores cotações de fechamento dos contratos mais negociados desde 6 e 2 de novembro, respectivamente.

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