A Azul (AZUL4) comunicou ao mercado nesta quinta-feira (29) que a NYSE (Bolsa de Nova York) suspendeu a negociação de seus ADRs (American Depositary Receipts), após a companhia ter protocolado um pedido de recuperação judicial nos EUA, por meio do Chapter 11, na quarta-feira (28).
O comunicado também informa que a NYSE solicitará à SEC (Securities and Exchange Commission) o cancelamento oficial da listagem dos papéis.
Segundo a Azul, a decisão é considerada um procedimento padrão após a solicitação do Chapter 11, e a empresa afirmou que não pretende recorrer da suspensão.
A companhia aérea ressaltou ainda que a retirada dos ADRs não afeta suas operações nem os negócios no Brasil, onde, segundo o MoneyTimes, suas ações seguem sendo negociadas normalmente na B3, sob o código AZUL4.
Embraer (EMBR3): qual o impacto da RJ da Azul na fabricante?
O BTG Pactual (BPAC11) avalia que o impacto da recuperação judicial da Azul (AZUL4) nos Estados Unidos — via Chapter 11 — sobre a Embraer (EMBR3) é limitado, apesar das preocupações em torno da carteira de pedidos da fabricante, uma vez que a companhia aérea é uma de suas maiores parceiras e cliente-chave, especialmente no lançamento da plataforma E2.
A equipe de analistas liderada por Lucas Marquiori demonstra maior otimismo em relação às oportunidades de crescimento internacional da Embraer, especialmente nos segmentos Comercial e de Defesa.
“Diante do vasto pipeline de contratos potenciais em Defesa e das contínuas campanhas do E2 em novos mercados, acreditamos que o risco de depender da Azul para crescer é hoje consideravelmente menor”, afirmam, segundo o MoneyTimes.
Mesmo com a possibilidade de ajustes na curva de entregas do E2 para a Azul, dois fatores principais sustentam a avaliação de impacto limitado:
Eficiência operacional – O E2 oferece melhor economia, maior alcance e conectividade, sendo peça central na estratégia de recuperação financeira da Azul.