
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta terça-feira (25) com alta de 0,43%, aos 155.941,61 pontos. O dólar comercial desceu 0,35 %, a R$ 5,37
Apesar da alta, o índice foi fortemente puxado pela Petrobras, que caiu em linha com exterior após a notícia de que houve avanço significativo nas negociações de um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia.
Nicolas Gass, estrategista de investimentos e sócio da GT Capital, analisa que “com essa possibilidade ganhando força e ficando mais concreta, o preço do petróleo tende a cair, o que puxa Petrobras para baixo e, consequentemente, pressiona o Ibovespa. Assim, o índice permanece praticamente estável, refletindo também os dados americanos divulgados hoje. O mercado reagiu com otimismo, já que os números vieram em linha com o esperado e alguns até no campo positivo. O Ibovespa acabou acompanhando o movimento internacional, mas voltou a recuar devido ao peso de Petrobras e às notícias do conflito no Leste Europeu.”
Além disso, os dados dos EUA divulgados nesta terça impactaram não apenas no mercado, mas não flutuações do câmbio.
As vendas varejistas subiram 0,2%, após um avanço não revisado de 0,6% em agosto, informou nesta terça-feira o Census Bureau do Departamento de Comércio. Economistas consultados pela Reuters projetavam alta de 0,4%.
Já o mercado de trabalho dos EUA voltou a mostrar sinais de enfraquecimento. Empresas privadas cortaram, em média, 13,5 mil vagas por semana nas quatro semanas até esta terça-feira, segundo atualização da ADP.
O dólar oscilou entre R$5,413 e R$5,357. O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, com queda de 0,36%, aos 99,84 pontos.
Maiores altas e maiores quedas: USIM5 e MBRF3
O pregão da B3 fechou com a Usiminas (USIM5) liderando as maiores altas, com aumento de 5,26%. A empresa é seguida pela C&A (CEAB3), com alta de 3,35%. A terceira foi a Magazine Luíza (MGLU3), com crescimento de 3,13% e a lista verde fecha com Vivara (VIVA3), alta de 3,09%.
A lista vermelha é encabeçada pela MBRF (MBRF3), com recuo de 3,17%. A empresa é seguida pela Braskem (BRKM5), recuo de 3,22%. Prio (RPIO3) fechou com recuo de 2,80% e a lista fecha com a PetroReconcavo (RECV3), queda de 2,42%
Variações por setor
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 1,05% e 1,01%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 2,80%. PetroReconcavo (RECV3) recuou 2,42%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 0,86%. Gerdau (GGBR4) registrou avanço de 1,08%. Usiminas (USIM5) valorizou 5,26%. CSN Mineração (CMIN3) avançou 2,48%.
No setor bancário, o BTG Pactual (BPAC11) e o Itaú (ITUB4) fecharam com alta de 1,00% e 0,23%, respectivamente. Banco do Brasil (BBAS3) avançou 0,41%. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização de 1,01% e de 1,12%, respectivamente.
Entre as varejistas, o Magazine Luiza (MGLU3) subiu 2,93%. A Lojas Renner (LREN3) fechou com alta de 1,19%. Vivara (VIVA3) teve alta de 3,00%. C&A (CEAB3) fechou em alta de 3,47%.
Índices dos EUA
As principais bolsas de Wall Street terminaram o dia no verde, impulsionadas pelos dados divulgados nesta terça-feira. Os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,89% e 0,67%, respectivamente. Dow Jones subiu 1,43%.
“As bolsas de Nova York avançavam, com Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq subindo de forma moderada. Um ponto adicional foi o recuo das ações da NVIDIA, após a notícia de que a Meta estaria avaliando o uso de chips projetados pelo Google em seus data centers, o que pode significar a perda de um cliente estratégico e remodelar o cenário competitivo do hardware de inteligência artificial”, disse Nicolas Gass.