Foto: Canva/Ibovespa
Foto: Canva/Ibovespa

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quarta-feira (26) com alta de 1,70%, aos 158.559,72 pontos. O dólar comercial desceu 0,77%, a R$ 5,335

Durante o dia, a percepção global de risco possibilitou que o índice avançasse. Internacionalmente, o movimento é influenciado pela recuperação das empresas de tecnologia dos EUA e pela perspectiva de corte nos juros do país.

“Fica claro que o apetite ao risco colabora com a queda de prêmio nas taxas de juros mais longas, o que favorece também a bolsa brasileira, enquanto nos vencimentos mais curtos temos pressão nos juros de olho no fiscal, com receio da pauta bomba no Senado, após a indicação de Messias para o STF contrariando Alcolumbre”, comentou Bruno Perri, economista-chefe, estrategista de investimentos e sócio-fundador da Forum Investimentos.

Todo o contexto impulsionou para que o Ibovespa avançasse ao ponto de bater um novo recorde intradiário, atingindo os 158.698,04 por volta das 16h55.

No cenário nacional o principal dado divulgado foi o IPCA-15, a prévia oficial da inflação nacional. De acordo com especialistas, o resultado veio alinhado com as expectativas, mas, ainda assim, não foi exatamente o que era esperado.

“No meu entendimento, o IPCA-15 veio com um “quali” ruim e em Brasília há os temores com a pauta bomba do Alcolumbre e a sanção do presidente ao pl do IR sem considerar a demanda das empresas para deixar os lucros do 4T25 de fora da nova regra”, analisou Perri.

A leitura dos dados reforça a crença de que um corte nos juros do Brasil também estão próximos.

O dólar oscilou entre R$ 5,390 e R$ 5,332. O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, com queda/alta de 0,22%, aos 99,59 pontos.

Maiores altas e maiores quedas: RAIL3 e HAPV3

O pregão da B3 fechou com a Rumo (RAIL3) liderando as maiores altas, com aumento de 9,40%. A empresa é seguida pela Assaí (ASAI3), com alta de 6,81%. A terceira foi a Vamos (VAMO3), com crescimento de 6,63% e a lista verde fecha com Natura (NATU3), alta de 4,30%.

A lista vermelha é encabeçada pela HapVida (HAPV3), com recuo de 6,45%. A empresa é seguida pela Magazine Luíza (MGLU3), recuo de 0,97%. Totvs (TOTS3) fechou com recuo de 0,79% e a lista fecha com a Brava (BRAV3), queda de 0,79%

Variações por setor

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 0,44% e 0,25%, respectivamente. Prio (PRIO3) valorizou 1,04%. PetroReconcavo (RECV3) avançou 1,81%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 1,68%. Gerdau (GGBR4) registrou avanço de 1,97%. Usiminas (USIM5) valorizou 0,18%. CSN Mineração (CMIN3) avançou 1,12%.

No setor bancário, o BTG Pactual (BPAC11) e o Itaú (ITUB4) fecharam com alta de 1,91% e 2,31%, respectivamente. Banco do Brasil (BBAS3) avançou 1,27%. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização de 3,27% e de 2,05%, respectivamente.

Entre as varejistas, o Magazine Luiza (MGLU3) caiu 1,07%. A Lojas Renner (LREN3) fechou com alta de 1,77%. Vivara (VIVA3) teve alta de 4,05%. C&A (CEAB3) fechou em alta de 0,49%.

Índices dos EUA

As principais bolsas de Wall Street terminaram o dia no verde. Os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,65% e 0,82%, respectivamente. Dow Jones subiu 0,67%.

“Acredito que o movimento de apetite por risco nas bolsas americanas hoje reflete fundamentalmente a redução nas taxas das treasuries, com sinais de dirigentes do FED estimulando apostas de corte de juros na reunião de dezembro, e por indicadores de atividade, como os pedidos iniciais de seguro-desemprego e as encomendas de bens duráveis, que continuam sinalizando à desaceleração da economia americana”, comentou Bruno Perri.

Livro Bege, divulgado pelo Fed (Federal Reserve) nesta quarta-feira (26), mostra que a atividade econômica dos EUA mudou pouco em relação ao levantamento divulgado em outubro e afirma que as perspectivas para a economia permanecem amplamente inalteradas.