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Ibovespa fecha em queda após taxação dos EUA; dólar sobe

O dólar comercial subiu 1,06 %, a R$ 5,50

(Foto: reprodução)
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O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quarta-feira (9) com queda de 1,31%, aos 137.480,79 pontos. O dólar comercial subiu 1,06 %, a R$ 5,50

A sessão do Ibovespa passou operar em queda firme após o Brasil entrar na mira dos EUA. O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que o Brasil está incluso na lista de cartas oficiais sobre tarifas, que serão enviadas entre hoje (9) e amanhã (10). O republicano disse que o país “[…] não tem sido bom para nós, nada bom”. Declaração fez o dólar acelerar ganhos e a moeda chegou a alcançar R$ 5,49.

A ameaça foi cumprida no fim desta tarde e, de acordo com o presidente dos EUA, no documento, Donald Trump atribuiu a cobrança a uma relação, supostamente, injusta com o Brasil e ao tratamento com o ex-presidente, Jair Bolsonaro (que ele voltou a defender nesta quarta-feira), disse a CNN.

Sobre a inflação, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, afirmou em audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados que todos os membros do Copom Comitê de Política Monetária) estão “bastante incomodados” com a desancoragem das expectativas do mercado para a inflação. Diante disso, enfatizou que o BC persegue o centro da meta inflacionária, de 3%.

“Não é uma sugestão. A meta decorre de um decreto. A meta é 3%. A meta não é 3% com 1,5 ponto (de tolerância) para cima e 1,5 ponto para baixo no sentido de que eu posso persegui-la de maneira leniente”, acrescentou.

O dólar oscilou entre R$5,50 e R$5,44. O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, com queda de 0,01%, aos 97,51 pontos.

Maiores altas e maiores quedas

O pregão da B3 fechou com a Braskem (BRKM5) liderando as maiores altas, com aumento de 5,38%. A empresa é seguida pela Vamos (VAMO3), com alta de 1,54%. A terceira foi a Totvs (TOTS3), com crescimento de 0,60% e a lista verde fecha com Renner (LREN3), alta de 0,16%

A lista vermelha é encabeçada pela Marfrig (MRFG3), com recuo de 6,46%. A empresa é seguida pela PetroReconcavo (RECV3), recuo de 5,77%. Embraer (EMBR3) fechou com recuo de 5,55% e a lista fecha com a Azzas (AZZA3), queda de 5,30%

Variações por setor

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 1,45% e 0,62%, respectivamente Prio (PRIO3) desvalorizou 1,18%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 0,99%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 0,53%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 3,20%;

No setor bancário, Itaú (ITUB4) fechou em baixa de 2,07%. Banco do Brasil (BBAS3) também fechou em queda (2,50%). Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com desvalorização 1,15% e 1,55%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 3,93%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 2,82%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 2,26%.

Índices dos EUA

As principais bolsas de Wall Street terminaram o dia no verde. Os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,61% e 0,95%, respectivamente. Dow Jones também subiu 0,49%.

Hoje o cenário dos EUA foi marcado pela divulgação da ata do Fomc. A ata é referente à reunião do Fed (Federal Reserve) realizada entre os dias 17 e 18 de junho e abrange deliberações da reunião do Comitê que manteve, por unanimidade, a taxa básica de juros na faixa de 4,25% a 4,50%, definida em dezembro de 2024.

De acordo com a ata, algumas autoridades presentes na reunião acreditam que as taxas podem cair ainda em julho, mas a maioria permanece preocupada com a pressão inflacionária que pode vir do uso de impostos de importação pelo presidente Donald Trump para remodelar o comércio global, disse o InfoMoney.