
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta terça-feira (17) com baixa de 0,30%, aos 138.840,02 pontos. O dólar comercial subiu 0,20%, a R$ 5,50
O pregão dessa terça-feira (17) foi marcado pelos temores vindos do Oriente Médio, pela expectativa pela Super Quarta e pelo enfraquecimento do dólar. O presidente Donald Trump deixou o G7 antes do encerramento da conferência, o que diminuiu a chance de Israel e Irã firmarem um acordo a curto prazo. Logo após a saída de Trump da conferência, o oeste do Irã foi alvo de uma série de ataques, que atingiram instalações de mísseis.
Diante dos novos ataques, o preço do petróleo voltou a subir. No Brasil, a Petrobras e outras petroleiras registraram altas, acompanhando as cotações do dólar na Bolsa de Londres.
Alison Correia, analista de investimentos e co-fundador da Dom Investimentos, aponta o conflito no Oriente Médio e as posturas de Donald Trump como fatores decisivos para o enfraquecimento do dólar em todo o mundo.
“Tem uma lambança de sangue aí realmente está acontecendo, algo muito triste e pelo visto me parece duradouro. Se imaginava que em algum momento teria um cessar fogo, e ontem os líderes iranianos disseram que estariam à disposição para conversar com o Trump, desde que ele não interferisse no conflito. E ele saiu do Canadá de uma reunião do G7 e voltou para os Estados Unidos às pressas” disse Correia “Todo mundo imagina agora que um ataque muito mais agressivo possa vir. Uma bomba muito mais catastrófica pode ser enviada nas próximas horas por Israel. Então o mundo está tenso por isso. E por isso também as bolsas caem.” completou o analista
Ainda assim, o dólar fechou fechou estável Durante o dia, o dólar oscilou entre R$5,50 e R$ 5,46. O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, com queda de 0,72%, aos 97,93 pontos.
Maiores altas e maiores quedas
A sessão brasileira encerrou com as petroleiras dominando a lista das maiores altas. As ações da Petrobras (PETR3) ficaram em primeiro lugar da lista, com avanço de 2,95%; os papéis do ticker PETR4 ficaram em terceiro lugar na lista, 2,27% de crescimento. A segunda da lista é a Vamos (BGIP3D), com avanço de 2,46%. O quarteto fecha com a PRIO (PRIO3), 1,97% de aumento.
Entre as maiores baixas está a Usiminas (USIM5), liderando os recuos com o percentual de 6,90%. A empresa é seguida pela Vale (VALE3), recuo de 4,50%. Cosan (CSAN3) fechou com recuo de 3,79% e a lista fecha com a Bradespar (BRAP4), queda de 3,00%
Variações por setor
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 2,95% e 2,27%, respectivamente Prio (PRIO3) valorizou 1,97%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 4,50%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 1,54%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 6,90%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) operou com alta de 0,60%. Banco do Brasil (BBAS3) teve baixa de 0,36%. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização, 1,50% e 0,20%, em sequência.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 2,20%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) avançou 4,78%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 7,14%.
Índices dos EUA
As principais bolsas de Wall Street terminaram o dia no verde. Os índices S&P 500 e Nasdaq desvalorizaram 0,84% e 0,91%, respectivamente. Dow Jones também caiu 0,70%.