O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta sexta-feira (19) com alta de 0,23%, aos 145.832,96 pontos. O dólar comercial subiu 0,03 %, a R$ 5,320.
Após a queda digerindo o resultado do Copom, o Ibovespa voltou a subir na última sessão da semana, alinhado também às bolsas internacionais.
Apesar do dia morno, a volta das negociações entre EUA e China, inclusive, envolvendo aplicativo TikTok, ajudou na recuperação do otimismo. O presidente Donald Trump falou que o acordo sobre o aplicativo, delineado no início da semana, teve avanços.
“Também concordei com o Presidente Xi que nos encontraríamos na Cúpula da APEC, na Coreia do Sul, que eu iria à China no início do próximo ano, e que o Presidente Xi, da mesma forma, viria aos Estados Unidos em um momento apropriado”, escreveu Trump.
Durante o dia, os setores de utilidade pública e commodities se destacaram e ajudaram a “segurar o índice”. Os tickers da Eletrobras (ELET3 e ELET6) foram o primeiro e terceiro lugar entre as maiores altas. Durante o dia, especificamente às 14h38, a Sabesp (SBSP3) ocupou o terceiro lugar, com alta de 1,41%.
Leonardo Santana, especialista em investimentos e sócio da casa de análise Top Gain, considera que o trunfo do Ibovespa nesta sexta-feira foi o cenário macroeconômico.
“O Ibovespa já vinha batendo recorde atrás de recorde depois que o mercado precificou o primeiro corte de juros nos Estados Unidos. E toda essa alta vem, sem dúvidas, desse cenário macro internacional. Não tem nada de fator doméstico contribuindo para essa alta, na minha visão. Então era um corte que foi confirmado agora, o que foi muito positivo. E o mercado continua subindo por estar precificando agora mais dois novos cortes de juros nos Estados Unidos”, declarou Santana.
O especialista também comentou que o corte nos juros dos EUA torna a bolsa brasileira mais atrativa, o que influencia diretamente nos sucessivos recordes batidos pelo Ibovespa, e falou que a manutenção dos juros pelo Copom em 15% foi um “banho de água fria”.
“Aqui no Brasil se esperava um comunicado que trouxesse algum indicativo de queda de juros para os próximos meses, o que não aconteceu. O comitê, na verdade, fez o contrário e até sinalizou que pode subir juros, se preciso. Então não tem fator doméstico influenciando nesses recordes de altas”.
O dólar oscilou entre R$5,339 e R$5,316. O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, com alta de 0,30%, aos 97,65 pontos.
Maiores altas e maiores quedas
O pregão da B3 fechou com a Eletrobras (ELET3) liderando as maiores altas, com aumento de 3,1%. A empresa é seguida pela Usiminas (USIM5), com alta de 3,20%. A terceira foi a Eletrobras (ELET6), com crescimento de 3,08% e a lista verde fecha com Fleury (FLRY3), alta de 3,03%.
A lista vermelha é encabeçada pela Marfrig (MRFG3), com recuo de 5,01%. A empresa é seguida pela Cosan (CSAN3), recuo de 3,44%. Natura (NATU3) fechou com recuo de 3,10% e a lista fecha com a Marcopolo (POMO4), queda de 2,83%
Variações por setor
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) recuaram 1,78% e 1,24%, respectivamente. A PetroRio (PRIO3) caiu 1,85% e a PetroRecôncavo (RECV3) teve recuo de 1,96%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 0,26%, a Gerdau (GGBR4) registrou queda de 0,42%, a Usiminas (USIM5) teve alta de 3,20% e a CSN (CMIN3) avançou 0,77%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) fechou com alta de 1,09%, Banco do Brasil (BBAS3) caiu 1,86%, Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com uma valorização e desvalorização de 1,72% e de 0,10%, respectivamente.
Entre as varejistas, o Magazine Luiza (MGLU3) caiu 1,25%, a Lojas Renner (LREN3) fechou com queda de 0,47%, a Vivara (VIVA3) recuou 2,36% e a C&A (CEAB3) avançou 0,68%.
Índices dos EUA
As principais bolsas de Wall Street terminaram o dia no verde. Os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,52% e 0,74%, respectivamente. O índice Dow Jones avançou de maneira mais modesta que os anteriores, 0,37% ao fim do dia.