As ações de empresas de frigoríficos registraram ganhos expressivos nesta sexta-feira (26). A valorização veio como uma recuperação após os receios de que a doença de Newcastle (DNC) em aves se espalhasse serem dissipados. Entre as altas, os papéis da JBS (JBSS3) se destacaram.
O Ministério da Agricultura divulgou nesta sexta-feira que encaminhou a notificação da conclusão do foco da doença de Newcastle para a OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal). Após a notícia, as ações da JBS (JBSS3) fecharam com alta de 6,72%.
Os papéis da BRF (BRFS3) fecharam com alta de 2,57%, os da Marfrig (MRFG3) subiram 3,18% e os da Minerva (BEEF3) avançaram 2,27%.
Duas novidades auxiliaram as ações da JBS a se destacarem: a maior produtora de carnes do mundo anunciou nesta sexta-feira que vai inaugurar sua fábrica de empanados na Arábia Saudita em novembro.
Outro ponto positivo foi que o JPMorgan elevou sua recomendação para os papéis da JBS para overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente a compra) após a queda recente no preço das ações, que considera injustificada, dado o cenário para as melhores margens de frango, além da forte lucratividade de suínos nos EUA e na Austrália. As informações são do “InfoMoney”.
Reforma: ‘amizade’ entre governo Lula e JBS influiu na isenção da carne
A relação de proximidade entre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os irmãos Joesley e Wesley Batista foi motivo de grande discussão entre os deputados antes da batida de martelo sobe a reforma tributária, disse Mariana Carneiro em reportagem para O Globo.
O motivo? A JBS, empresa de proteína animal dos irmãos Batista. De acordo com a reportagem, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e o líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), tentaram convencer Jair Bolsonaro a orientar os deputados do partido para que votassem contra a isenção às carnes.
O ex-presidente da República, que teria saído da conversa com Lira e Côrtes convencido a não desonerar as proteínas animais, disse que a desoneração iria beneficiar a JBS, empresa dos irmãos Batista, “amigos do Lula”, já que, com menos impostos, ela venderia mais.