IPCA ajuda

Magalu dispara na Bolsa após revisão do Safra

Os papéis do Magalu (MGLU3) reduziram os ganhos ao longo do pregão. Por volta das 15h30, as ações registraram alta de 0,52%

Foto: Divulgação
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As ações do Magazine Luiza (MGLU3) chegaram a avançar quase 3% na manhã desta quarta-feira (10). O Magalu sentiu os impactos positivos da desaceleração do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de junho, que acabou afetando positivamente companhias sensíveis à taxa de juros e com dívidas em moeda estrangeira.

Os papéis do Magalu (MGLU3) reduziram os ganhos ao longo do pregão. Por volta das 15h30 (horário de Brasília), as ações registraram alta de 0,52%, a R$ 13,58. Já às 16h11 (horário de Brasília), o papel tinha alta de 0,74%, sendo negociado a R$ 13,59.

As ações também foram beneficiadas pela revisão do Banco Safra sobre os ativos, que passou a recomendar a compra, com preço-alvo de R$ 18,50. A revisão considera os recentes resultados da companhia e novas análises no âmbito macroeconômico.

Outras varejistas também foram beneficiadas pelos dados do IPCA. Segundo o “Valor”, a Casas Bahia (BAHIA3), por exemplo, chegou a ter alta de 0,52% nesta manhã, mas caiu no decorrer do pregão. Por volta das 16h16 (horário de Brasília), o ativo registrava queda de 2,26%, a R$ 5,62.

Varejistas brasileiras podem se unir para enfrentar Magalu?

O anúncio do acordo entre a Magalu (MGLU3) e a Aliexpress – uma das gigantes do e-commerce chinês – pegou a todos de surpresa. Mas o choque maior deve ser sentido pelas demais varejistas brasileiras, que precisam forçar cada vez mais resultados para não perder espaço na briga.

Com a concorrência mais intensa após o acordo, economistas avaliam que rivais como as Casas Bahia (BHIA3) e a Americanas (AMER3) devem sentir o peso em suas vendas e margens de lucros. 

Para Marlon Glaciano, gestor financeiro e especialista em investimentos, ambas precisarão investir em inovação e melhorias para se manterem competitivas no e-commerce brasileiro.

Mas, ainda assim, a crença de que essas companhias podem vir a criar uma “frente brasileira” para enfrentar a Magalu e sua nova empreitada com a plataforma chinesa não tocou os analistas.