
O Citi (CTGP34) cortou a recomendação das ações do Magazine Luiza (MGLU3) de neutra para venda, com alto risco, após um salto de 55% no acumulado do ano — ainda que tenha reduzido levemente o preço-alvo de R$ 8,00 para R$ 7,70.
Por volta das 16h35, as ações do Magazine Luiza (MGLU3) caíam 13,31%, negociadas a R$ 8,79, em meio à forte aversão ao risco no exterior.
Os analistas do banco destacaram que os papéis da varejista apresentaram forte recuperação neste ano, refletindo menor risco/taxa de desconto e uma potencial inflexão futura no cenário macroeconômico do Brasil.
Apesar disso, a casa apontou que antecipar um ciclo de demanda parece excessivamente otimista neste estágio.
“Ainda estamos cautelosos com o macro do Brasil (demanda), que deve ser impactado por taxas de juros elevadas (pelo menos até 2025/2026). Também continuamos a ver uma competição acirrada por espaço no mercado, com o Mercado Livre crescendo cerca de 30% no Brasil, enquanto plataformas estrangeiras também avançam”, aponta João Soares, analista do Citi, que assinou o relatório, conforme apurou o InfoMoney.
Com isso, Soares destacou que a empresa está atuando bem para preservar a rentabilidade. “No entanto, o valuation parece precificar outros elementos, por exemplo, crescimento, grande expansão de margem, maior desalavancagem”, avaliou.
Além disso, o banco também cortou as estimativas de GMV (volume bruto de mercadoria), em meio ao impacto de uma Selic (taxa básica de juros) elevada, mas manteve as expectativas para as vendas em mesmas lojas em 2025.
Magazine Luiza (MGLU3) anuncia debêntures de R$ 1 bilhão
O Magazine Luiza (MGLU3), uma das principais varejistas do Brasil, registrou a emissão de debêntures no valor de R$ 1 bilhão.
A oferta, anunciada nesta sexta-feira (4), busca captar recursos para a gestão ordinária dos negócios da companhia.
A oferta envolve a distribuição de um milhão de debêntures simples, não conversíveis em ações, com valor nominal de R$ 1 mil cada.