As ações da Petrobras (PETR4; PETR3) derretem após a divulgação do balanço trimestral referente ao último trimestre de 2023 da petrolífera estatal. Os papéis ordinários e preferenciais iniciaram o pregão desta sexta-feira (8) em queda, liderando as perdas.
A resposta do mercado foi imediata. Após o expediente nos EUA, os recibos de ações (ADRs) da Petrobras sofreram uma queda de 10%.
Nesta manhã, antes mesmo da abertura do mercado, a tendência de baixa se intensificou, resultando em perdas que ultrapassaram os 12%.
Por volta das 11h19 (Horário de Brasília) as ações PETR4 e PETR3 seguiam entre os destaques negativos, com recuo de 12,17% e 11,17%, respectivamente.
Como a Petrobras (PETR4; PETR3) tem um peso significativo na composição do Ibovespa, o índice acionário brasileiro, as ações da empresa podem impactar negativamente a principal referência do mercado local.
Petrobras (PETR4): lucro cai 33% em 1º ano de Lula
A Petrobras (PETR4) divulgou, na noite desta quinta-feira (7), seus resultados anuais, reportando um lucro de R$ 124,6 bilhões para o ano de 2023. Esse é o primeiro resultado sob a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e representa uma queda de 33,8% em comparação com os R$ 188,3 bilhões registrados em 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
O ano de 2022 marcou o recorde histórico de lucro para a estatal, impulsionado pelos altos preços do petróleo devido à guerra entre Rússia e Ucrânia. No entanto, em 2023, houve uma reversão desse cenário, com os preços internacionais do petróleo se estabilizando.
A Petrobras (PETR4) divulgou que registrou um lucro líquido de R$ 31 bilhões apenas no último trimestre de 2023. Esse resultado apresenta uma queda de 28,4% em comparação com o mesmo período de 2022, porém, representa um crescimento de 16,6% em relação ao trimestre anterior, o terceiro de 2023.
Petrobras (PETR4): dividendos devem ficar em R$ 72,4 bi
Além disso, a Petrobras (PETR4) informou que o conselho de administração aprovou a distribuição de dividendos no valor de R$ 14,2 bilhões referentes ao quarto trimestre de 2023. Essa proposta será submetida à avaliação da Assembleia-Geral Ordinária (AGO), programada para o dia 25 de abril de 2024.
Caso seja aprovada, a empresa pagará um total de R$ 72,4 bilhões em dividendos relativos ao ano passado, um pouco abaixo das expectativas do mercado, que esperava um montante de R$ 90 bilhões.