As ações das Lojas Renner (LREN3), da C&A (CEAB3) e da Guararapes (GUAR3) caíram fortemente no pregão desta segunda-feira (14) após rumores de revogação da “taxa das blusinhas”.
As Lojas Renner (LREN3) entraram na lista de maiores quedas do dia, com recuo de 2,83%, a R$ 18,17. Já a C&A (CEAB3), negociada fora do Ibovespa, finalizou o dia com queda de 2,04%, a 17,29%. Por fim, a Guararapes (GUAR3), dona da Riachuelo, ganhou um fôlego no fim do pregão e fechou com leve alta de 0,50%, a R$ 7,99, após cair quase 3% ao longo do dia.
As companhias foram pressionadas pelos rumores de revogação do imposto que ficou conhecido como “taxa das blusinhas”, que age sobre comprar em sites de e-commerce internacionais de até US$ 50. Imposto entrou em vigor em agosto do ano passado, disse o MoneyTimes.
De acordo com o colunista do portal Metrópoles, Igor Gadelha, as lideranças governistas têm sondado deputados do Centrão para avaliar a reação de uma possível derrubada do tributo. A ideia de conceder novamente a isenção seria para melhorar a imagem do atual governo.
No fim da tarde desta segunda-feira (14), Rui Costa, ministro da Casa Civil, declarou que o fim da taxação “não está na agenda” do governo neste momento. A declaração de Costa foi dada ao ser questionado após um evento no Palácio do Planalto.
A Ativa Investimentos avalia negativamente a notícia. “Mesmo que ainda não tenhamos nada confirmado, o retorno da isenção pesa contra varejistas como Lojas Renner, C&A e Guararapes, pressionando a competição do setor, que já é bastante elevada, além de trazer novamente ao foco a força da Shein no Brasil”, diz a corretora.
XP projeta alta de 21% no lucro líquido da Renner (LREN3)
A XP Investimentos estima que o lucro líquido da Renner (LREN3) atinja R$ 380 milhões, uma alta de 21% ano contra ano. A corretora acredita que a varejista está de volta aos trilhos de pronta para entregar resultados consistentes.
A Lojas Renner divulga seus números referentes ao período de abril a junho, segundo trimestre de 2025, em 7 de agosto. Informações são do MoneyTimes.
As analistas Danniela Eiger e Laryssa Sumer esperam uma dinâmica acelerada da receita, com avanço de 17% nas vendas líquidas consolidadas. Esse desempenho deve ser guiado pelo segmento de vestuário, beneficiado por bases de comparação fracas, clima favorável e melhor execução.