Recomendação neutra

UBS BB derruba preço-alvo da ações da Raízen (RAIZ4)para R$ 2,30

Especialistas levaram em consideração o tempo que a empresa irá levar para reduzir o endividamento

Preço-alvo das ações da Raízen passou de R$3,90 para R$2,30 (Foto: Reprodução/Megawhat)
Preço-alvo das ações da Raízen passou de R$3,90 para R$2,30 (Foto: Reprodução/Megawhat)

O banco de investimento UBS BB rebaixou nesta segunda-feira (9) as recomendação da Raízen (RAIZ4) para neutra, disse o E-Investidor. Preço-alvo da ação passou de R$ 3,90 para R$ 2,30.

Às 15h52min as ações da Raízen na B3 custavam R$ 1,95 com recuo de 1,52%

A redução do preço-alvo da ação abre uma oportunidade de valorização de 16% sobre o fechamento da última sexta-feira (6). Segundo o banco de investimento, a companhia está indo na direção certa, mas o caminho ainda levará tempo.

O banco projetou que a empresa continuará consumindo caixa do banco em 2025 e 2026, provavelmente também em 2026 e 2027, até começar a reduzir a dívida nos anos seguintes. A geração de caixa no médio prazo, de acordo com as estimativas da equipe, dependde de aspectos como queda dos juros abaixo de 12% até o fim de 2026 e a manutenção do preço do petróleo entre US$ 62-70 por barril.

“Estamos rebaixando a recomendação da Raízen para neutra, pois esperamos que a reestruturação positiva que a empresa está realizando demore mais para se traduzir em retorno aos acionistas”, escrevem os analistas Matheus Enfeldt, Tasso Vasconcellos e Victor Modanese ao E-Investidor.

Os especialistas consideram que, após anos de expansão e experiência com as adversidades econômicas do setor sucroalcooleiro, a Raízen entra em um novo momento, focado em ganhar eficiência e reduzir o custo de vida. “Isso levará eventualmente à redução do endividamento, mas acreditamos que os investidores podem esperar, já que esperamos que essa tendência acelere apenas em 2-3 anos, e há riscos – daí nossa mudança para neutra”, argumentaram

O UBS BB também atualizou o modelo com base nos lucros recentes da empresa e no cenário macroeconômico. “Nosso preço-alvo foi reduzido em 42% devido à fraca geração de caixa nos últimos resultados (-R$1,50/ação), ajuste da dívida para incluir iniciativas específicas de capital de giro (R$1,10/ação) e resultados mais fracos esperados para açúcar e etanol, com menor moagem e preços (-R$0,5/ação)” explicou o banco.