O Bradesco BBI divulgou recentemente que reavaliou sua cobertura e reduziu o preço-alvo das ações da WEG (WEGE3) de R$ 55 para R$ 50, mantendo a recomendação neutra.
A casa vê um potencial de alta de quase 20% em relação ao fechamento de segunda-feira (2). Segundo os analistas, embora a visão estrutural sobre a companhia permaneça positiva, o crescimento mais fraco no curto prazo limita o potencial de valorização dos papéis.
A projeção do banco é de um crescimento orgânico da receita de 8% em dólar ao longo de 2025, impactado por forças contrárias no cenário macroeconômico global e por entregas mais modestas no segmento de geração solar no segundo semestre.
Além disso, o BBI reforçou que a WEG segue construindo as bases para um novo ciclo de expansão, com destaque para o segmento de Transmissão e Distribuição (T&D). A expectativa é que o crescimento acelere para 15% ao ano até 2027, em reais, com média de 12% ao ano no horizonte de 10 anos (13% ao ano, incluindo aquisições), conforme apontado pelo Money Times.
Análise financeira e múltiplos da WEG
A estimativa de margem Ebitda (o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) é de 22% em 2025, com ROIC (retorno sobre o capital investido) de 31%, recuando para 29% no longo prazo.
Atualmente, as ações da WEG estão sendo negociadas a 25 vezes o lucro estimado para este ano — um múltiplo um pouco abaixo do padrão histórico da companhia. Por outro lado, como a WEG também apresenta um ritmo de crescimento mais moderado no momento, os analistas do BBI consideram esse patamar justo e, por isso, mantêm uma postura mais cautelosa.