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Adnoc caminha para maior aquisição da Europa em 2024

O avanço aconteceu após a Adnoc concordar em aumentar sua oferta de € 60 para € 62 por ação na alemã Covestro

Adnoc
Foto: Divulgação

A petroleira de Abu Dhabi Adnoc está avançando nas negociações com a alemã Covestro, listada na bolsa de Frankfurt. O avanço aconteceu após a Adnoc concordar em aumentar sua oferta de € 60 para € 62 por ação (o equivalente a € 14,4 bilhões).

Se for fechada nesses termos, será a maior aquisição da Europa em 2024 e a maior compra em dinheiro da história do setor químico.

Segundo a Covestro, a oferta de € 62 é o “ponto de partida” para se chegar a um acordo. O valor, portanto, pode subir ainda mais.

A Covestro fazia parte da Bayer até 2015, quando se tornou uma empresa independente para dar início a um processo de IPO, deixando de ter um controlador e mudando também o seu nome.

Produtora de químicos usados na cadeia do plástico, a empresa tem entre seus concorrentes a BASF e a Braskem (BRKM5), além da saudita Sabic, que chegou a se interessar pela petroquímica brasileira.

Braskem (BRKM5): grupo Adnoc desiste de negociação com Novonor

O caminhar das negociações se dá pouco tempo depois de a Adnoc desistir de fazer acordo para adquirir participação na Braskem (BRKM5).

A petroquímica brasileira anunciou, no dia 6 de maio, que a estatal de petróleo de Abu Dhabi voltou atrás nas negociações com a Novonor (ex-Odebrecht) para adquirir participação na empresa.

“Fomos informados pela Adnoc que não têm interesse em dar continuidade ao processo de análise e negociações com a Novonor sobre a potencial transação”, afirmou a Novonor em comunicado publicado pela Braskem em fato relevante ao mercado.

Após o anúncio, as ações da petroquímica desabaram. Por volta das 11h (horário de Brasília), os papéis da companhia recuavam 14,53%, cotados a R$ 19,70.

Em novembro do ano passado, a Braskem (BRKM5) confirmou que o grupo havia feito uma proposta não vinculante de R$ 10,5 bilhões pela participação de 38,3% que a Novonor possui na Braskem (BRKM5).

Na ocasião, as ações da petroquímica dispararam e fecharam o pregão do dia da proposta com a maior alta do Ibovespa. Os papéis da companhia avançaram 15,57%, a R$ 19,98.