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Agenda do investidor: veja cinco assuntos em pauta na próxima semana

Os principais destaques incluem a divulgação da ata do Copom e os dados de inflação do IPCA

O mercado financeiro se movimenta ao longo da próxima semana em resposta a uma série de eventos e notícias importantes. Os principais destaques incluem a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e os dados de inflação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O mercado aguarda ansiosamente a ata do Copom, programada para terça-feira, na esperança de obter mais insights sobre a avaliação do Banco Central a respeito do cenário fiscal. Na reunião anterior, o Copom reduziu a taxa Selic em 0,50 pontos percentuais e indicou que o ritmo de cortes será mantido nas “próximas reuniões”. O comunicado alertou sobre desafios externos, mas também reforçou a importância de cumprir as metas fiscais.

A expectativa é que, após a divulgação da ata do Copom, o mercado reaja aos dados de inflação do IPCA referentes a outubro, que devem indicar uma inflação moderada de aproximadamente 0,3%. Além disso, o desempenho das vendas no varejo também será monitorado.

Na quinta-feira, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, falará sobre os desafios da política monetária na conferência anual de pesquisa do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington. Sua fala ganha destaque após a sinalização de que as taxas de juros nos Estados Unidos não devem mais subir, o que impulsionou os ativos de risco, em especial após o relatório de emprego (payroll) ter ficado aquém das expectativas.

Além disso, outros dirigentes do Fed farão discursos ao longo da semana. Outros eventos importantes incluem a divulgação de dados da balança comercial e inflação pela China e as decisões sobre a taxa de juros pelos bancos centrais do México e Peru.

No cenário doméstico, a reforma tributária será avaliada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na terça-feira. O presidente da CCJ, Davi Alcolumbre, espera que a proposta seja analisada no plenário nos dias 8 e 9, para ser devolvida à Câmara até o dia 10. A reforma já conta com os votos necessários para ser aprovada na CCJ e no plenário.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfrenta pressões para abandonar a meta de déficit zero em 2024. Algumas propostas sugerem um déficit entre 0,25% e 0,75% do Produto Interno Bruto (PIB). A Comissão Mista de Orçamento (CMO) deve votar o relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) na terça-feira.

Na esfera corporativa, diversas empresas brasileiras divulgarão seus balanços trimestrais, incluindo a Petrobras, Itaú, Bradesco, BTG Pactual e Banco do Brasil. Além disso, outras empresas como Eletrobras, Copel, Sabesp, Braskem, Gol, Light e Oi também apresentarão seus resultados. É importante observar que a B3 ajustará seu horário de funcionamento, fechando às 18:00, devido ao fim do horário de verão nos Estados Unidos.

O mercado permanece atento a esses eventos e notícias, que moldarão as perspectivas financeiras nas próximas semanas.