O Agibank fechou um acordo de funding com o Citi (CTGP34) para linhas de crédito e emissões no mercado de capitais de até US$ 7,4 bilhões – cerca de R$ 40 bilhões.
O primeiro desembolso já foi feito: o Agibank emitiu uma debênture de R$ 2,3 bilhões para a securitizadora Vert-9 lastreada em empréstimos consignados e de aposentados do INSS. O Citi ficou com a tranche sênior, de R$ 1,6 bilhão.
O CEO do Agibank, Glauber Correa, disse ao Brazil Journal que o acordo com o Citi pavimenta o caminho para a empresa aumentar a sua carteira de crédito dos atuais R$ 17,7 bilhões para R$ 100 bilhões até 2030.
“Temos um track record muito grande na construção de ativos e o suporte de grandes bancos nos dá tranquilidade […] não existe uma obrigação do Agibank ter linhas de crédito determinadas: podemos emitir debêntures, letras financeiras, entre outras linhas de financiamento”, disse Correa.
Esta é a segunda linha de crédito não-vinculante fechada pelo Agibank neste ano. Em maio, o banco de Marciano Testa fechou uma parceria com um outro banco global para até US$ 8 bilhões em funding.
Agibank: resultados do 1TRI24 foram os melhores da história
No primeiro trimestre, o Agibank teve o melhor resultado da sua história: o lucro subiu 268% para R$ 215 milhões, e o ROE explodiu 30 pontos percentuais para 42,4% nos últimos 12 meses. A carteira de crédito, por sua vez, subiu 57% na comparação com o primeiro tri de 2023.
Mesmo assim, a inadimplência está em um dos menores níveis da história do Agibank: o NPL de 90 dias ficou em 4,8% no primeiro tri (queda de 0,9 ponto na comparação anual).
O executivo admite que enfrentará uma alta competitividade para executar o plano de crescimento, o que deve resultar em uma compressão das margens e em um ROE mais normalizado. “Mas sempre teremos um ROE diferente da maioria,” disse Correa.