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BNDES espera que crédito próprio ao agro chegue a R$ 10 bi

O banco lançou a linha de crédito CPR BNDES voltada ao agronegócio

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BNDES / Foto: Divulgação

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a partir do lançamento da linha de crédito CPR BNDES, espera que o crédito próprio do banco para o agro alcance R$ 10 bilhões em 2024.

No âmbito da linha, podem ser realizadas operações com Cédulas de Produto Rural Financeira (CPR-F) ou Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA).

No início do ano, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), havia anunciado a ampliação de recursos para o agronegócio por parte do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Ainda segundo o ministro, o banco também será incluído pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na discussão sobre a crise que o setor do agronegócio tem enfrentado.

Ministro anuncia nova linha de crédito para produtores rurais

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou neste sábado (27) o lançamento de uma nova linha de crédito para produtores rurais para conversão de pastagens, com juros subsidiados de menos de 5% ao ano. Os recursos serão obtidos por meio de convênio do Brasil com a agência de cooperação do governo do Japão (Jica).

Fávaro ainda prometeu que o novo Plano Safra vai atender produtores que estejam com “renda achatada” neste momento. “O presidente Lula me disse que não podemos deixar os produtores que tiverem dificuldade, por falta de preço, de renda ou de intempéries climáticas, caírem na inadimplência”, destacou o ministro.

Segundo ele, já está aprovada a “repactuação de dívidas de investimentos” para todos os produtores brasileiros. “Não ficará nenhum produtor de fora que tenha necessidade. Basta protocolar no seu banco um documento falando da incapacidade técnica de pagamento, que será atendido.”

Agro: exportações crescem 4,4% e batem recorde no 1TRI24

As exportações do agronegócio brasileiros registraram alta de 4,4% no primeiro trimestre de 2024, com rendimento de US$ 37,4 bilhões de janeiro a março. O resultado representa um recorde do setor para o período. Os dados são da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), compilados pelo Ministério da Agricultura.

O número foi puxado, principalmente, pelo avanço dos volumes embarcados – que, em média, foi de 14,6%. O preço médio das vendas, em contrapartida, recuou 8,8%.

De acordo com o Ministério da agricultura, os principáis responsáveis pelo incremento das exportações foram o açuçar (+US$ 2,5 bilhões), algodão (+US$ 997,4 milhões) e café verde (+US$ 563,6 milhões).

Em contrapartida, houve queda na exportação de produtos “carro-chefe”, como milho (-US$ 1,2 bilhão), soja em grãos (-US$ 901,30 milhões) e óleo de soja (-US$ 543,45 milhões).

Ainda de acordo com a pasta, o agronegócio foi responsável pela fatia de 47,8% das vendas externas totais do Brasil no primeiro trimestre. Em 2023, o segmento representou 47,3%.