O preço da soja caiu no Brasil nesta quinta-feira (23), de acordo com as cotações do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). No Porto Paranaguá, o valor ficou em R$ 133,52 por saca de 60 kg, 0,68% abaixo do registrado na quarta-feira (22).
A queda é motivada pela baixa do dólar, que vem ocorrendo depois da posse de Donald Trump nos EUA. Na quinta-feira (23), a moeda caiu 0,3%, a R$ 5,92.
Outro fator que pressiona a commodity é a perspectiva de safra recorde no Brasil, com projeções da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) de que o país atinja a produção de 166,33 milhões de toneladas no ciclo de 2024/25, o que representaria uma alta de 12,6% em relação à safra anterior.
Em movimento contrário, os preços da soja avançaram 0,90% na bolsa de Chicago, a US$ 10,65 o bushel.
O preço variou em outras praças do Brasil. Segundo pesquisa da Scot Consultoria, a saca de soja estava a R$ 120,50 em Luís Eduardo Magalhães (BA); R$ 120 em Rio Verde (GO); R$ 121 em Balsas (MA); R$ 127 no Triângulo Mineiro e R$ 118,50 em Dourados (MS). Já no porto de Santos (SP), ela é cotada a R$ 134 e, em Rio Grande (RS), a R$ 140.
Safra agrícola deve crescer de 8% a 10%, segundo IBGE e Conab
A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2025 deve alcançar um total de 322,6 milhões de toneladas, uma alta de 10,2% em relação a 2024, quando foram produzidas 292,7 milhões de toneladas. Os dados são do 3º prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA),
O prognóstico foi divulgado nesta terça-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) também divulgou projeções nesta terça-feira (14), com o 4º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25.
De acordo com a companhia, a safra 2024/25 de grãos deve ser de 322,3 milhões de toneladas, o equivalente a um alta de 8,2% em relação ao ano anterior, quando foram colhidas 297,8 milhões de t.
Já para a área plantada, a estimativa da Conab é de 81,4 milhões de hectares, número que representa crescimento de 1,8% em relação ao ciclo 2023/24.
A nova estimativa mantém a previsão de recorde na produção na série histórica, caso o resultado se confirme. As previsões refletem o clima favorável observado durante o desenvolvimento das culturas de primeira safra.