O Brasil tem até 36,6 milhões de hectares de pastagens aptas a receber plantio de soja, em áreas de desmatamento recente. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (26) em um estudo da Serasa Experian.
O estudo, divulgado num momento em que se eleva a pressão dos consumidores contra o uso, pela agricultura, de terras desmatadas, indica que, somente com o uso de pastagens, a área de soja no Brasil teria potencial para crescer aproximadamente 80% em relação ao nível atual.
O uso desse estoque de áreas de pastagens — isentas de proibições que serão colocadas pela União Europeia para a soja e outros produtos cultivados em terras desmatadas no ano de 2020 — é uma das opções defendidas pelo governo e produtores para expandir suas lavouras.
O Brasil, maior produtor e exportador global de soja, cultivou na última safra quase 46 milhões de hectares com a oleaginosa, de acordo com a última revisão da Companhia Nacional de Abastecimento.
Em nota, o diretor de novos negócios agro da Serasa Experian, Joel Risso, declarou que, em dez anos, o país poderá ver uma elevação de aproximadamente 12 milhões de hectares no plantio de soja, caso as projeções do Ministério da Agricultura estejam corretas.
“Esse montante representa o consumo de apenas um terço de toda a disponibilidade de pastagens com alta aptidão para o cultivo de soja no Brasil, que é mais de 36 milhões de hectares”, disse ele, de acordo com o “InfoMoney”.
RS: Emater estima perda de 2,7 mi de toneladas de soja por enchentes
A Emater/RS (Instituição de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social) no Rio Grande do Sul, em relatório, estimou a perda de 2,7 milhões de toneladas de soja no estado devido às enchentes.
As perdas se referem às áreas que não puderam ser colhidas, ou às que foram colhidas e tiveram baixo rendimento, incluindo soja, milho e feijão, entre outros.
Com isso, o órgão reduziu sua estimativa de colheita da commodity para 19,53 milhões de toneladas, ante 22,24 milhões de toneladas estimadas em março.