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AgroGalaxy (AGXY3) firma acordo para futuro aumento de capital

O contrato mútuo, com prazo de vencimento até 26 de dezembro de 2024, permite ao FIP X realizar pagamentos adiantados, parciais ou integrais, a qualquer momento

A AgroGalaxy (AGXY3) comunicou nesta quarta-feira (27) que celebrou um acordo com o Fundo de Investimento em Participações (FIP X) no montante de R$ 38 milhões, com prazo de conclusão até quinta-feira (28).

O contrato mútuo, com prazo de vencimento até 26 de dezembro de 2024, permite ao FIP X realizar pagamentos adiantados, parciais ou integrais, a qualquer momento. Vale destacar que o montante adiantado incluirá os juros acumulados até a data do pagamento.

Os juros sobre o valor total do Mútuo serão equivalentes a 100% da Taxa DI ao ano, calculados diariamente, a partir da data de desembolso até o pagamento integral do empréstimo.

O propósito do Mútuo é fornecer recursos imediatos para que a AgroGalaxy atenda às suas demandas de capital de giro, considerando as condições atuais da empresa.

De acordo com a AgroGalaxy, o acordo é benéfico, pois permite a entrada imediata de recursos. Obter esses recursos por meio de outras formas, como empréstimos bancários ou emissão de debêntures, não seria imediato e seria mais custoso para a empresa, uma vez que poderiam ser aplicados juros mais elevados e exigidas garantias.

AgroGalaxy (AGXY3) tem prejuízo líquido de R$ 88,7 mi no 3T23

No terceiro trimestre (3T23), a AgroGalaxy (AGXY3), controlada pela gestora Aqua Capital e detentora de uma das maiores redes de revendas de insumos agrícolas no Brasil, registrou um prejuízo líquido ajustado de R$ 88,7 milhões, em comparação com um lucro líquido de R$ 19,4 milhões no mesmo período de 2022.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) ajustado da empresa diminuiu 54,9%, totalizando R$ 74,4 milhões, enquanto a receita líquida teve uma queda de 22,9%, atingindo R$ 2,369 bilhões.

Os resultados desfavoráveis da AgroGalaxy refletem as turbulências que impactaram o mercado global de insumos agrícolas a partir do segundo semestre do ano passado. Após um período de cotações recorde, infladas pelos efeitos da pandemia e da invasão russa na Ucrânia, os defensivos e fertilizantes experimentaram fortes quedas.

No Brasil, isso resultou em armazéns repletos de produtos estocados a preços mais elevados do que os praticados no mercado, desencadeando uma ruptura no fluxo de escoamento, agravada pela queda de receita dos produtores de grãos devido à desvalorização da soja e do milho.