Alckmin: Entendemos que há condições para uma redução forte da Selic

O vice-presidente ressaltou que a reforma tributária, agora em tramitação no Senado, vai estimular o setor, por reduzir o custo de produzir no Brasil

O vice-presidente, Geraldo Alckmin reforçou, nesta segunda-feira (31), a expectativa de um corte de 0,5 ponto porcentual da taxa básica de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para esta semana. 

Durante abertura de um fórum sobre investimentos entre Brasil e Arábia Saudita em São Paulo, Alckmin afirmou que as reformas em curso, necessárias para o País crescer com menos pressões inflacionárias, abrem espaço a um corte inicial forte da Selic.

“Entendemos que tem todas as condições para ter uma redução forte da taxa Selic. Acho que o Brasil está vivendo um bom momento e fazendo as reformas”, disse o vice-presidente. De acordo com Alckmin, o arcabouço fiscal ajuda a reduzir os juros ao estabilizar a dívida, apesar da avaliação de economistas de que o endividamento público seguirá aumentando, mesmo com o novo limite às despesas.

Declaração de Alckmin

Nesse sentido, durante seu discurso na abertura do fórum, o vice-presidente destacou que o atual momento é propício, com o crescimento da atividade econômica acima do esperado, queda no desemprego, valorização da moeda nacional e crescimento do mercado de ações. Alckmin enfatizou a importância de aproveitar essa conjuntura favorável para incentivar o Brasil a investir em reformas estruturais e buscar maior eficiência econômica.

A uma plateia formada por empresários da indústria paulista, Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, reiterou que a reforma tributária, agora em tramitação no Senado, vai estimular o setor, por reduzir o custo de produzir no Brasil, e desonerar tanto os investimentos quanto as exportações. “Vai fazer a diferença.”

Por fim, Alckmin frisou também em seu discurso que o arcabouço fiscal vai assegurar uma redução da dívida pública, como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), a partir do ano que vem, com a geração de superávits primários nas contas públicas.