O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou em uma entrevista ao Canal Um da FecomercioSP, nesta sexta-feira (22), que embora o Brasil ainda seja caracterizado por uma economia fechada, já houve significativa abertura. Ele ressaltou que, por meio do Mercosul, o país estabeleceu acordos com nações como Israel, Palestina e Egito, além de acordos bilaterais com a Índia e países europeus.
“Mas precisa abrir mais. Eu defendo a abertura. Agora, nós precisamos reduzir o custo Brasil. E aí não tem bala de prata, não tem uma coisa só. Tem uma sequência de tarefas e uma delas é a questão tributária que está sendo endereçada com a aprovação da reforma. Tudo está sobre um tripé importante: juros, câmbio e imposto”, pontuou Alckmin.
De acordo com Alckmin, câmbio está bom. Para o ministro, um câmbio de R$ 4,90, R$ 5,00 , R$ 4,80, R$ 5,10 é competitivo e ajuda a exportação.
“É só não variar muito. O juro é elevado, mas está em queda e precisa cair mais porque custo de capital faz parte do custo Brasil. E no imposto não dá para reduzir a carga tributária agora, mas dá para simplificar e desonerar a indústria, que está super tributada. A indústria de manufatura é 11% do PIB e 30% do pagamento de impostos. Então é importante alavancar a indústria porque ela está na ponta da inovação”, disse Alckmin.
Alckmin: superávit comercial pode chegar a US$ 100 bi em 2023
O Vice-presidente da República e ministro da pasta de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, ampliou a margem oficial estimada pelo governo ao afirmar, nesta terça-feira (12), que o superávit comercial neste ano pode chegar a US$ 100 bilhões. A fala se deu durante participação da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão.
No último dia 1º, o diretor do MDIC, Herlon Brandão, havia afirmado que a expectativa para o superávit comercial deste ano era de R$ 93 bilhões. Porém, ainda nessa fala, ele acrescentou advertindo que tal valor poderia ser menor que o esperado, dependendo apenas das exportações e importações. A previsão pode ter sido sutil, haja vista que o valor foi atingido no fim da semana passada, antes dos meados de dezembro.
O Vice-presidente aproveitou a ocasião para pontuar sobre os planos para possibilitar a depreciação precoce dos investimentos feitos pela indústria, uma das principais reivindicações do setor. De acordo com a proposta, o abatimento tributário dos investimentos no parque produtivo poderá ser feito em apenas um ano, em vez de em dez anos, como atualmente.