Relações Institucionais

Alckmin: se dólar subiu por causa da Gleisi, vai voltar a cair

Para o vice-presidente Geraldo Alckmin, a vasta experiência de Gleisi vai ajudá-la a melhorar a relação política do governo com o Congresso

Foto: Alckmin / Agência Brasil
Foto: Alckmin / Agência Brasil

O mercado financeiro não repercutiu bem a escolha de Gleisi Hoffmann, atual presidente do PT, para comandar a SRI (Secretaria de Relações Institucionais), com o Ibovespa e o dólar derretendo, ao que o vice-presidente da República Geraldo Alckmin, respondeu que, se for esse o motivo, a moeda irá cair porque a deputada será uma “boa surpresa” à frente da articulação política do governo.

“Trump não tem como a gente interferir. Agora, se for por causa da Gleisi, vai cair. Vai cair. Pode ter certeza, porque ela vai ser uma boa surpresa. Tem experiência legislativa, Câmara Federal, Senado da República, Executiva e Presidente de Partido” disse o ministro a jornalistas, segundo o “InfoMoney”.

Para o ministro, a vasta experiência de Gleisi vai ajudá-la a melhorar a relação política do governo com o Congresso. A nova ministra da SRI já foi senadora e ocupou a Casa Civil durante o governo Dilma.

“Foi ministra de Estado, ela foi senadora da República, pode ter uma boa interlocução com o Senado. Deputada Federal, então tem uma boa interlocução com a Câmara. E presidente de partido, uma boa interlocução com os partidos políticos. E mulher. Então você tem uma mulher que tem experiência legislativa, foi senadora e é deputada federal, e ministra, conhece o poder executivo. E ainda preside um grande partido, então melhora a interlocução também com os demais partidos que é necessário”, disse Alckmin.

Alckmin diz acreditar em um diálogo com os EUA sobre tarifas

Geraldo Alckmin, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou nesta segunda-feira (10) que o governo brasileiro acredita no diálogo ao comentar o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio vendido aos EUA.

Além disso, Alckmin comentou com jornalistas, após visitar a planta da Bionovis, em Valinhos (SP), uma situação semelhante vivida pelo Brasil no passado, quando  houve o estabelecimento de cotas de exportação do produto brasileiro aos norte-americanos.

“Olha, vamos aguardar porque nós acreditamos muito no diálogo. Isso já aconteceu antes, mas houve cotas, foram estabelecidas cotas. A parceria Brasil-EUA é equilibrada, é um ganha-ganha, nós exportamos para eles, eles exportam para nós, ganha a população”, disse o vice-presidente.

As cotas de exportação do aço brasileiro para os EUA foram estabelecidas em 2018. Na ocasião, o governo brasileiro fez uma negociação com Trump, em seu primeiro mandato, quando ele anunciou a tarifa de 25% sobre os produtos siderúrgicos que entram no país norte-americano.

A cota foi de 3,5 milhões de toneladas, para aço semiacabado, enquanto para o produto acabado (aços longos, planos, inoxidáveis e tubos) foi de 543 mil toneladas.

Por fim, Alckmin destacou também a relação histórica de 200 anos entre os EUA e o Brasil.

 “Nós exportamos US$ 40,2 bilhões para os EUA, importante, que são valor agregado, avião, automóvel, enfim, e eles exportam para nós até um pouco mais, US$ 40,5 bilhões de dólares (…) Vamos aguardar ainda essa questão da taxação. Da outra vez que isso foi feito, teve cotas. A nossa disposição é sempre a de colaboração, parceria em benefício das nossas populações”, respondeu o vice.