A Allos (ALSO3), novo nome da Aliansce Sonae após a fusão com a BR Malls, anunciou ao mercado, na terça-feira (10), a recompra de até 5% das ações em circulação.
Nesse sentido, a Allos, que anunciou nos últimos dias três transações de desinvestimento no montante de R$ 862 milhões, agora, deseja “aproveitar as condições do mercado”.
Segundo a companhia, essa recompra reafirma a “estratégia bem-sucedida” de alocação de capital. Desta forma, a iniciativa da Allos demonstra o seu compromisso contínuo com seus acionistas e sua determinação em criar valor.
Desse modo, a companhia tem a capacidade de adquirir até 26.664.413 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, emitidas por ela mesma. As ações serão adquiridas a preço de mercado ao longo de um período de 365 dias.
Vale destacar que, as operações de aquisição serão realizadas por meio do Itaú, BTG Pactual e pelo J.P. Morgan.
Desinvestimentos de R$862 milhões
Na última segunda-feira (9), a Allos realizou a venda da totalidade de suas participações no Boulevard Shopping Campos e no Santana Parque Shopping, de 75,0% e 36,7%, respectivamente.
Além disso, na última semana, a Allos já havia vendido toda a participação no Shopping Jardim Sul e 43% de sua participação no Bauru Shopping.
Allos (ALSO3): BBI aprova venda de fatia em shopping
O anúncio de desinvestimento parcial de 20% de participação no Plaza Sul Shopping por R$ 120 milhões pela Allos (ALSO3), novo nome da Aliansce Sonae após a fusão com a BrMalls, foi bem vista pelo Bradesco BBI.
“Vemos isso como positivo, uma vez que a venda de ativos não estratégicos, como o Plaza Sul, deverá gerar NOI (receita líquida do ativo, na sigla em inglês) de curto prazo, e, principalmente, ajudar a melhorar a percepção da qualidade do portfólio”, descreveram os analistas do banco em relatório. As informações são do Broadcast/Estadão.
Os analistas reforçaram que a Allos é a principal escolha do banco entre as ações de operadoras de shoppings listadas na Bolsa. Entre as razões, está o desconto do papel em relação aos seus pares, está 26% abaixo da Multiplan (MULT3), por exemplo, o que representa um desconto considerado alto pelos analistas. Outro ponto é a boa liquidez das ações, que ainda deve ser incluída em algum índice de peso, na visão dos analistas.
Eles falam ainda de ganhos de sinergias decorrentes da fusão em cerca de 105 a 15% do valor de mercado da Allos, e a continuidade na venda de ativos, que devem impulsionar os resultados.
Por fim, a perspectiva de melhora do ambiente macroeconômico deve ajudar o desempenho operacional dos shoppings da companhia.
O Bradesco BBI classifica a Allos como outperform (perspectiva de desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra), com preço-alvo de R$ 30 (31,6% superior ao último fechamento do papel).