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Alpargatas (ALPA4) e Magazine Luiza (MGLU3) têm melhora no Natal; aponta Citi

No entanto, o banco avalia que a comparação anual ainda é fraca 

O Citi divulgou um segundo relatório focando nas vendas de Natal, direcionando a análise para Alpargatas e Magazine Luiza. O banco destacou melhorias no desempenho deste quarto trimestre, mas ressaltou que as comparações com o ano anterior tendem a dificultar a superação dos resultados.

Alpargatas (ALPA4)

Na análise da Alpargatas, o “sell-in” – vendas ao distribuidor – teve alguma melhoria, embora ainda apresente resultados negativos na comparação anual, segundo o Citi. Em contrapartida, as vendas ao consumidor final, o “sell-out”, parecem manter uma tendência ascendente ao longo deste quarto trimestre, seguindo a evolução de julho a setembro.

O banco observou que o crescimento nos volumes de “sell-out” impactou positivamente os volumes de “sell-in”, mas prevê uma redução nos volumes totais na comparação com o ano anterior, apesar dessa dinâmica favorável.

Quanto à margem Ebitda da Alpargatas, o Citi identificou resultados positivos, impulsionados pela disciplina nos gastos administrativos e outras medidas de eficiência. Essas ações compensaram a desalavancagem operacional, segundo a análise do banco.

Magazine Luiza (MGLU3)

O segmento de venda direta (1P) da Magazine Luiza enfrenta uma base de comparação desafiadora e uma demanda mais fraca, especialmente em relação aos resultados do mesmo período do ano anterior, avalia o Citi. No entanto, o banco destaca o contínuo crescimento das vendas no marketplace (3P) como um ponto de destaque nos resultados da varejista.

Em relação às margens, a Magazine Luiza manteve uma abordagem similar à do terceiro trimestre, focada na melhoria dos demonstrativos de perdas e lucros. A empresa confirmou que a margem Ebitda variou entre 6% e 7% em outubro, uma expectativa que o Citi projeta se manter ao longo de todo o quarto trimestre.

Natal tem pior venda em três anos, diz Serasa

A Serasa Experian informou nesta terça-feira (26) que as vendas do varejo físico no período do Natal recuaram 1,4% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em termos de variação percentual, foi o pior desempenho desde 2020, quando as vendas despencaram 10,3%. 

Os dados correspondem ao período de 18 a 24 de dezembro, que concentra boa parte da demanda de produtos natalinos. A metodologia seguiu como base uma amostra das consultas realizadas pelos lojistas no banco de dados da companhia, no momento da venda ao consumidor. Cerca de 6 mil companhias fazem consultas mensais à base da Serasa Experian.

No intervalo entre 22 e 24 de dezembro, o recuo foi ainda maior, de 10,7% ante os mesmos dois dias anteriores ao Natal em 2022.

No material publicado pela empresa, Luiz Rabo, economista-sênior da Serasa Experian, explicou que, “com inadimplência marcando números recordes este ano, a prioridade dos consumidores foi a reestruturação financeira ao optarem por utilizar o 13° salário para o pagamento e renegociação de dívidas”.]