Alpargatas (ALPA4), dona da Havaianas, anuncia período de silêncio

Conforme nota da empresa, a medida será adotada a partir do dia 19 de julho até o dia 3 de agosto

A Alpargatas (ALPA4), detentora da marca Havaianas, emitiu comunicado ao mercado nesta segunda-feira (3) informando que vai adotar o período de silêncio. 

Conforme nota da empresa, a medida será adotada a partir do dia 19 de julho até o dia 3 de agosto. “Durante este período, a companhia estará impedida de comentar informações referentes aos resultados do 2T23”, diz. 

De acordo com norma estabelecida pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o período de silêncio é um intervalo de tempo que impede uma empresa de divulgar informações durante a sua Oferta Pública Inicial (IPO). Ele tem como objetivo evitar qualquer tipo de influência ou manipulação do mercado durante o lançamento das ações.

No mesmo informativo, a Alpargatas também anunciou que pretende fazer a divulgação do seu resultado no segundo trimestre de 2023 no dia 3 de agosto, após o fechamento do mercado. 

No primeiro pregão do Ibovespa de julho, as ações da ALPA4 não valorizam e nem desvalorizaram e fecharam cotadas a R$ 9,30. 

Alpargatas tem prejuízo de R$ 119,7 milhões no 1T23

No início de maio, a Alpargatas divulgou seu balanço do primeiro trimestre de 2023. A companhia registrou prejuízo líquido de operações continuadas de R$ 199,7 milhões entre janeiro e março, revertendo o lucro líquido de R$ 112,1 milhões reportado no mesmo período de 2022.

Já a receita líquida totalizou R$ 902,5 milhões nos primeiros três meses de 2023, queda de 2,7% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Alpargatas, por sua vez, foi negativo em R$ 211,6 milhões entre janeiro e março deste ano, ante número positivo de R$ 144,4 milhões registrado no primeiro trimestre do ano passado. 

Na Havaianas Brasil, o volume vendido foi de 40,6 milhões de pares no primeiro trimestre de 2023, queda de 13,2% na comparação anual. Na internacional, o recuo foi de 14,4%, com 7,6 milhões de pares vendidos.

“O ambiente de demanda no Brasil continuou desafiador. A receita líquida de Havaianas foi de R$ 894,3 milhões, queda de 1,5% em moeda constante em relação ao primeiro trimestre de 2022. Já a receita líquida por par teve um avanço de 13,7%. A variação negativa de receita líquida é decorrente do menor volume de pares vendidos no trimestre”, escreveu a Alpargatas, em relatório.

Além do recuo da receita, o custo dos produtos vendidos (CPV) na Havainas subiu consideravelmente, com alta de 3,1% no Brasil, chegando a R$ 371,8 milhões, e de 17,4% no exterior, avançando para R$ 137,2 milhões.

Além disso, nos primeiros três meses deste ano, o resultado financeiro foi negativo em R$ 21,7 milhões, revertendo o saldo positivo de R$ 84,9 milhões no mesmo período de 2022.

A dívida líquida da Alpargatas em março era de R$ 890,2 milhões, revertendo a posição de caixa de R$ 1,62 bilhão.

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