Temporada de balanços

Amazon (AMZO34) dobra o lucro no 2TRI24

A big tech reportou um lucro líquido de US$ 13,48 bilhões no segundo trimestre (2TRI24)

Foto: Unsplash / Amazon
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A Amazon (AMZO34) reportou um lucro líquido de US$ 13,48 bilhões no segundo trimestre (2TRI24), o que representa quase o dobro dos US$ 6,75 bilhões reportados um ano antes. 

No lucro diluído por ação, o valor ultrapassou os US$ 0,66 para US$ 1,29, ao passo que o lucro operacional avançou de US$ 7,68 bilhões para US$ 14,67 bilhões no período. 

Entre os outros pontos operacionais, as receitas da Amazon alcançaram os US$ 147,98 bilhões entre abril e junho, uma alta de 10,1% em base anual. No entanto, esse valor foi menor que os US$ 148,7 bilhões previstos pelo mercado.

Em paralelo a isso, as vendas da big tech na América do Norte subiram 9,1%, para US$ 90,03 bilhões, com avanço de 6,6% no mercado internacional, para US$ 31,66 bilhões. Já a Amazon Web Service (AWS), a plataforma de serviços de computação em nuvem da varejista, apresentou um aumento de 18,7% na receita, para US$ 26,28 bilhões.

“Continuamos a progredir em várias dimensões, mas, talvez, em nenhuma mais do que a contínua aceleração no crescimento da AWS”, disse Andy Jassy, diretor-presidente da Amazon, de acordo com o “Valor”.

“À medida que as empresas continuam a modernizar sua infraestrutura e migrar para a nuvem, ao mesmo tempo em que aproveitam novas oportunidades de IA generativa, a AWS continua a ser a principal escolha dos clientes, pois temos uma funcionalidade muito mais ampla, segurança e desempenho operacional superiores”, completou Jassy.

A expectativa da Amazon é que sua receita feche entre US$ 154 bilhões e US$ 158,5 bilhões no terceiro trimestre, isto seria equivalente a uma alta anual entre 8% e 11%, segundo as projeções reportadas.

No terceiro trimestre de 2023, o lucro operacional foi de US$ 11,2 bilhões, sendo o esperado um valor entre US$ 11,5 bilhões e US$ 15 bilhões no 3TRI24.

Entre essas projeções, segundo a companhia, nenhuma aquisição de negócios, reestruturação ou acordo legal adicional será concluído nos próximos 3 meses. 

Ao BP Money, Diego Cruz, especialista em tecnologia, software e Inteligência Artificial, afimrou que o resultado expressivo ocorreu pela demanda muito grande de modernização de tecnologias nas empresas, sejam elas empresas grandes ou pequenas.

“As empresas estão buscando cada vez mais soluções em nuvem, soluções para sistemas distribuídos e recursos sob-demanda, entre outras coisas que a AWS pode oferecer”, disse.

“Startups nascendo todos os dias conseguem otimizar seus custos com ferramentas da amazon que cobram apenas pelo uso, também conhecidos como serverless.
Estes serviços tem um grande benefício, permitem que você utilize serviços em nuvem sob demanda, pagando conforme utiliza. Isto traz uma versatilidade muito grande para seu negócio”, prosseguiu o especialista.

Alexandro Barsi, fundador e CEO da líder digital Verity destacou a capacidade de transformação das bigtechs, com a incorporação de tendências.

“Um excelente exemplo é o crescimento da Amazon, especialmente através da AWS, com a adoção de IA generativa e machine learning por seus clientes, contribuindo significativamente para o lucro neste segundo trimestre”, afirmou.

Amazon (AMZO34) é obrigada a recolher mais de 400 mil produtos dos EUA

Amazon (AMZO34) terá que recolher produtos perigosos vendidos por terceiros em seu marketplace entre 2018 e 2021, nos EUA. A decisão foi determinada pela CPSC (Comissão de Segurança de Produtos de Consumo) norte-americana.

Segundo a entidade, a Amazon (AMZO34) não notificou o público adequadamente sobre a existência de mais de 400 mil produtos que deveriam ter sido recolhidos. Dentre esses produtos estão detectores de monóxido de carbono com defeito, secadores de cabelo sem proteção contra choques elétricos, além de roupas infantis que violam padrões legais.

Mesmo com os produtos não pertencendo ao estoque da Amazon e, na verdade, tendo sido vendidos por outros vendedores cadastrados no marketplace, a CPSC entende que a companhia é responsável, pois a empresa os armazena e distribui.

Embora o marketplace tenha parado de vender tais produtos e realizado tentativas de alerta aos consumidores, a entidade entendeu que a Amazon deve seguir os procedimentos de recall oficiais, que interrompam o uso, revenda ou doações dos produtos defeituosos já vendidos.