Amazon (AMZO34) enfrenta greves antes da Black Friday

Funcionários da Amazon de 40 países exigem melhores salários e condições de trabalho

Milhares de trabalhadores da Amazon (AMZO34) planejam participar de protestos e greves para coincidir com as vendas da Black Friday, um dos dias mais importantes do ano para compras online. É estimado que colaboradores de 40 países façam paralisações.

Funcionários nos EUA, Índia, Reino Unido, Japão, África do Sul e na Europa exigem melhores salários e condições de trabalho diante da crise do custo de vida, em uma campanha denominada “Make Amazon Pay”.

“É hora de a gigante da tecnologia cessar suas práticas horríveis e inseguras imediatamente, respeitar a lei e negociar com os trabalhadores que querem melhorar seus empregos”, afirmou Christy Hoffman, secretária-geral da UNI Global Union, um dos organizadores da campanha.

“Embora não sejamos perfeitos em nenhuma área, se você observar objetivamente o que a Amazon está fazendo nesses assuntos importantes, verá que levamos nosso papel e nosso impacto muito a sério”, reiterou o porta-voz da Amazon, David Nieberg. O executivo ainda disse que a varejista “continua a oferecer salários competitivos e ótimos benefícios, inventando novas maneiras de manter nossos funcionários seguros e saudáveis”.

Amazon (AMZO34) irá demitir 10.000 funcionários, diz jornal

A Amazon (AMZO34) planeja demitir aproximadamente dez mil pessoas, segundo o “The New York Times”. De acordo com o jornal norte-americano, os cortes devem se concentrar nas áreas de tecnologia e administrativa .

O número total de desligamentos representaria cerca de 3% dos funcionários corporativos da Amazon e menos de 1% de sua força de trabalho global de mais de 1,5 milhão.

Com as demissões, a Amazon se tornaria a mais recente empresa de tecnologia a integrar a lista das companhias que fizeram demissões recentemente, como a Meta (M1TA34) e o Twitter (TWTR34).

Amazon (AMZO34) tem queda de 9,37% no lucro do 3T22

Recentemente, a Amazon (AMZO34) anunciou seu balanço do terceiro trimestre. A companhia reportou lucro líquido de US$ 2,9 bilhões entre julho e setembro, queda de 9,37% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A empresa voltou a lucrar depois de dois trimestres seguidos de prejuízo.

As receitas totais da Amazon no trimestre avançara, 15%, para US$ 127,1 bilhões. O número veio praticamente em linha com US$ 127,46 bilhões previstos pelo consenso Refinitiv.

Para o quarto trimestre, de acordo com a empresa de varejo, é prevista uma receita de US$ 140 bilhões, queda em comparação com o montante visto no mesmo período de 2021, de US$ 148 bilhões.

As vendas do e-commerce da empresa de varejo norte-americana vêm sendo impactadas negativamente com a retomada do consumo presencial, ocasionadas pelo fim das restrições da pandemia. 

“Obviamente, há muita coisa acontecendo no ambiente macroeconômico”, afirmou o CEO da Amazon, Andy Jassy, no comunicado que acompanhou os resultados.