Ambev (ABEV3) lucra R$ 2,68 bilhões no 2T23 em linha com as expectativas

O lucro da cervejaria apresentou uma queda de 13%

A Ambev (ABEV3) comunicou ao mercado na manhã desta quinta-feira (3), os resultados do segundo trimestre de 2023 (2T23). A maior cervejaria do Brasil reportou lucro ajustado de R$ 2,68 bilhões, uma queda de 13%. No entanto, os resultados bateram as estimativas de analistas.

De acordo com o consenso de mercado, o lucro esperado para a Ambev entre abril e junho era de R$ 2,51 bilhões. Além disso, a performance da empresa foi influenciada no ano anterior pela inclusão de créditos tributários excepcionais, totalizando R$ 1,23 bilhão.

Portanto, quando  esses créditos extraordinários são excluídos, a verdadeira lucratividade da Ambev no segundo trimestre de 2023 revela um aumento de 18%.

Consequentemente, o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu a marca de R$ 5,27 bilhões durante o segundo trimestre de 2023, ligeiramente abaixo da expectativa consensual de analistas, que era de R$ 5,31 bilhões. Este indicador, que é de grande interesse para os analistas, registrou um notável crescimento de 34% em relação ao ano anterior, impulsionado pelo progresso em todas as unidades de negócios da Ambev.

Cerveja vai ficar mais cara no Brasil

As cervejarias avisaram aos diversos estados que hoje pensam em elevar impostos do setor para reforçar o caixa, que não consegue mais segurar o preço da bebida.

Representados pelo Sindicerv, os fabricantes do mercado apresentaram um estudo feito pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) mostrando que, desde 2019 até o fim de 2022, absorveram 52,8% do aumento dos custos de produção. O repasse aos preços foi, segundo a entidade, de 14%. As informações são da “Folha de S.Paulo”.

O setor, que tem as gigantes Ambev e Heineken como líderes do mercado, tem peso no cálculo da inflação medida pelo IPCA. Essa política fez reduzir as já apertadas margens de lucro. Para as microcervejarias, não deve haver retorno.

A entidade afirma que o aumento dos custos se deve à escassez de embalagens, alta nos preços de malte e lúpulo, insumos primordiais da cerveja, ambos importados em grande maioria.

Mesmo assim, a expectativa é fechar este ano com um aumento de 4,5% na produção e consumo da bebida, atingindo o patamar de 16,5 bilhões de litros.

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