Ambev (ABEV3): precificação pode atrapalhar crescimento da fabricante

Para o BTG, Ambev precisa recuperar poder de precificação para contornar a expectativa de desaceleração das vendas

 

A Ambev (ABEV3) está com o sinal amarelo ligado em relação aos resultados de 2023. Para o BTG Pactual, a companhia precisa recuperar seu poder de precificação para contornar a expectativa de desaceleração dos volumes de venda. Com informações do “Neo Feed”.

“Após se beneficiar de um mix favorável de produtos em 2022, a receita por hectolitro deve ser o principal motor de crescimento da receita”, diz trecho do relatório assinado pelos analistas Thiago Duarte e Henrique Brustolin. “Mas nós não estamos confiantes de que isso [precificação] virá tão cedo”.

De acordo com a instituição, a capacidade de conseguir ajustar preços é necessária considerando que as vendas em termos de volume perderam força no primeiro trimestre.

Nem mesmo o Carnaval trouxe ânimo para os analistas. A previsão é de que o resultado do primeiro trimestre deste ano seja apenas 3% superior ao mesmo período de 2022.

O avançado é encarado como tímido e dados apontam para uma desaceleração no volume de vendas da Ambev, mesmo com a crise pela qual passa o Grupo Petrópolis, que entrou com um pedido de recuperação judicial, com dívidas de R$ 4,2 bilhões. 

Nesta quinta-feira (13), as ações da cervejaria fecharam com queda 1,15% sendo cotadas a R$ 14,59.

 

Ambev: BofA eleva preço e ajusta em 5% projeção do Ebitda em 2024

O Bank of America (BofA) ajustou a expectativa para o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 2023 da Ambev para R$ 25,6 bilhões e elevou em 5% em 2024, o correspondente a R$ 30,7 bilhões, segundo informações do Broadcast.

Com uma visão positiva, o banco reitera recomendação neutra para os papéis da empresa e elevou o preço-alvo do papel de R$ 16 para R$ 16,50. O novo valor representa um potencial de valorização de 14,3%, em relação ao fechamento do pregão desta terça-feira (4).

“Esperamos que a Ambev registre um forte crescimento do Ebitda em 2023 e 2024 com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 16%, impulsionado principalmente por margens mais altas em Cerveja Brasil e uma recuperação nas margens de custo de aquisição por cliente (CAC)”, escreveram os analistas Isabella Simonato e Guilherme Palhares, em relatório.