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Ambev (ABEV3): Moody's reitera rating BAA3 com perspectiva estável

Agência argumenta que a cervejaria depende pouco do sistema bancário local para financiamento

A agência de classificação de risco Moody’s reiterou, o rating BAA3 da Ambev (ABEV3), com perspectiva estável, nesta segunda-feira (13). Segundo a agência, a nota é apoiada pela dimensão da cervejeira que é uma das maiores do mundo e líder em grandes mercados como Brasil e Canadá, além de dispor de um vasto portfólio de marcas.

Para embasar a nota, a agência argumenta que a cervejaria depende pouco do sistema bancário local para financiamento e que sua relevância para a controladora, Anheuser-Busch InBev, mitiga as conexões com a economia brasileira.

Por outro lado, a Moody’s afirma que a Ambev é negativamente afetada pela volatilidade e natureza semelhante a commodities dos custos de insumo e do uso de estratégias de hedge para proteger as margens.

“A Ambev está exposta aos riscos sociais que afetam o setor de bebidas alcoólicas, incluindo as preocupações dos clientes em relação ao impacto do consumo de açúcar e álcool na saúde, que aumenta a demanda por novos tipos de bebidas e outros alimentos mais saudáveis”, pontua.

Ambev lucra R$ 3,9 bi no 3º trimestre, aumento de 25,9%

No final de outubro, a Ambev apresentou seu balanço no terceiro trimestre de 2023. A empresa reportou lucro líquido consolidado de R$ 4,015 bilhões, atingindo um crescimento de 24,9% frente ao mesmo período do ano passado. Os valores referem-se aos atribuíveis aos sócios controladores.

A companhia também divulgou lucro líquido ajustado de R$ 4,038 bilhões, montante 25,1% consolidando avanço ao valor apurado um ano antes.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 6,584 bilhões, montante 17,6% maior ante igual etapa do ano passado no conceito reportado e avanço de 43,7% no conceito orgânico.

A receita líquida da empresa brasileira fabricante de bebidas totalizou em R$ 20,317 bilhões no período referente ao intervalo entre julho a setembro deste ano. Os números representam uma redução de 1,3% quando comparado a receita de R$ 20,587 bilhões no mesmo período do ano passado.

A companhia destacou, em nota, que o desempenho da receita líquida foi impulsionado pelo crescimento da receita líquida por hectolitro (ROL/hl) de 21,7%.

“Esses resultados são explicados por uma combinação do desempenho resiliente da receita líquida, apesar da queda de 2,0% no volume, juntamente com ventos favoráveis no câmbio e nas commodities (particularmente alumínio) em nossos custos, e maior eficiência em termos de despesas de distribuição e administrativa”, disse o release.

Além disso ainda em release, a Ambev ressaltou que o o avanço da receita líquida, de 19,3%, foi o 13º trimestre consecutivo de crescimento de dois dígitos.

“Por fim, o desempenho do quarto trimestre é sempre crítico dada a chegada do verão na América do Sul, mas estamos confiantes em nossa capacidade de entregar pelo terceiro ano consecutivo uma melhora consistente e contínua em termos de crescimento e rentabilidade, com desempenho orgânico consolidado do Ebitda ajustado à frente do crescimento de 17,1% entregue em 2022, bem como expansão da margem bruta e da margem Ebitda ajustado”, destaca a empresa.

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