A lista de ações com taxas de aluguel mais elevadas tem sido liderada pela Ambipar (AMBP3), conforme levantamento realizado pela consultoria Elos Ayta. As taxas de aluguel desse papel chegaram a cerca de 117,20% ao ano.
O movimento é um reflexo do salto que a própria Ambipar apresentou na Bolsa nos útlimos meses, com valorização de 300% este ano.
“Esse dado indica o elevado custo de se manter uma posição short [vendida, que aposta na queda do papel] neste papel, o que pode ser um fator desestimulante para os investidores que pretendem apostar na queda dessa ação”, afirma Einar Rivero, sócio da Elos Ayta.
A Americanas (AMER3) e a Azul (AZUL4) vem logo em seguida, ocupando a 2ª e 3ª posições na lista, com taxas de 99,6% e 54,46%, respectivamente.
Para os investidores que escolherm posições alugadas nas ações, um dos principais pontos relevantes é o tempo para liquidação das posições. Ele indica o risco de seguir com um papel com baixo volume de negociação, principalmente por depender do volume médio negociado no mercado à vista, de acordo com o “InfoMoney”.
O Assaí (ASAI3), o TC (TRAD3) e a Ambipar aparecem também na lista de ações com maior demora para liquidação, com 7,79 dias, 6,23 dias e 2,26 dias, em seequência.
O longo período para zeragem de posições, explicou RIvero, pode ser arriscado em situações de “short squeeze“.
Esse cenário pode acontecer quando muitos investidores estão vendidos em uma ação e, subitamente, uma notícia positiva faz os preços dispararem, obrigando esses investidores a zerar as posições vendidas para limitar as perdas.
Ambipar (AMBP3) dá mais um passo para otimizar estrutura de capital
Após anunciar uma operação com a Addiante, uma joint venture entre a Randoncorp (RAPT4) e a Gerdau (GGBR4), para a venda de veículos usados no valor de R$717 milhões, a Ambipar (AMBP3) avançou ainda mais na melhoria de sua estrutura de capital.
A empresa de gestão de resíduos anunciou que utilizará cerca de 3.744.660 ações, equivalentes a 72% do total adquirido no atual programa de recompra, para quitar 65% de suas obrigações de M&A (fusões e aquisições) registradas.
De acordo com um relatório do Itaú BBA, a medida permitirá à empresa reduzir suas obrigações em operações corporativas em cerca de R$260 milhões.
O custo total associado à recompra dessas ações é de aproximadamente R$61 milhões, resultando em um custo médio de R$16 por ação.
O BBA considera o anúncio como um movimento positivo, pois alivia a demanda imediata por caixa e, ao mesmo tempo, permite que a empresa continue com seu plano de gestão de passivos.
Além disso, o banco acredita que o alinhamento entre a empresa e seus parceiros nessa transação é um fator construtivo.