As ações da Ambipar (AMBP3) saíram do SMLL (índice Small Cap), da B3, nesta semana, após passarem por uma valorização de 730% em 2024. A função do SMLL é indicar o desempenho médio dos ativos de uma carteira formada por empresas de menor capitalização.
No último ano, a companhia atingiu um valor de mercado de cerca de R$ 22,5 bilhões e assumiu a posição de 36ª empresa mais valiosa listada na B3. De acordo com analistas ouvidos pelo “E-Investidor”, o CEO da empresa, Tércio Borlenghi Junior, é responsável por parte desse crescimento.
Em julho de 2024, o executivo aumentou sua participação na companhia para 73,135% do capital social total e votante, com um total de 122.165.450 ações. Os aportes da gestora Trustee, que chegou a adquirir 15,03% do capital social da Ambipar (25.117.800 ações), também contribuíram para o crescimento.
Em outubro, a gestora diminuiu sua participação para 11,89% (19.862.870 papeis).
Esse crescimento de investimento dos grandes players na Ambipar gerou um movimento chamado de short squeeze, segundo os analistas consultados pelo “E-Investidor”. Esse movimento ocorre quando investidores com posições vendidas (short) desistem de suas apostas na queda da ação e recompram o papel para zerar sua posição.
Isto leva outros investidores com posições vendidas a fazerem o mesmo, o que aumenta a pressão de compra dos papeis e causa uma disparada nos preços.
Ambipar (AMBP3) desconhece razões para oscilações atípicas em ações
A Ambipar (AMBP3) informou que não tem conhecimento de fatos ou atos relevantes não divulgados ao mercado que justifiquem as oscilações de suas ações nos últimos dias. A manifestação da empresa ocorre após consulta da B3 (B3SA3) referente às negociações atípicas das ações entre os dias 3 e 16 de dezembro.
A companhia declarou ainda que questionou as pessoas com potencial acesso a atos ou fatos relevantes relacionados aos negócios da empresa, a fim de averiguar se possuíam conhecimento de informações que poderiam justificar as oscilações. Segundo a Ambipar, essas pessoas também informaram não ter ciência de qualquer ato ou fato relevante não divulgado que pudesse justificar as movimentações.
Na última sexta-feira (13), as ações da empresa tiveram alta de 23,2%, alcançando o recorde de R$ 268,51. Os papéis já acumulam valorização de 42,2% no mês de dezembro e de 1.309,1% no ano. As informações são do “Valor”.
Nesta terça-feira (17), no entanto, os papéis da companhia fecharam em queda, registrando variação de 13,6%, sendo negociados a R$ 228,99.