Mercado

Americanas (AMER3) adia divulgação de resultados dos 9 primeiros meses de 2023

Varejista diz que melhor estimativa é de divulgá-las até 31 de janeiro de 2024

A Americanas (AMER3) comunicou ao mercado, nesta noite de terça-feira (19) o adiamento da divulgação dos resultados trimestrais referentes aos períodos encerrados em 31 de março de 2023, 30 de junho de 2023 e 30 de setembro de 2023. A data inicialmente prevista para essa divulgação, que era 29 de dezembro, foi prorrogada, e agora a empresa planeja apresentar os resultados até 31 de janeiro de 2024.

De acordo com a varejista, a elaboração e revisão dos resultados deste ano estavam condicionadas à conclusão das demonstrações financeiras referentes ao ano fiscal encerrado em 2022, bem como à revisão das demonstrações financeiras do exercício fiscal encerrado em 2021.

Desde que a divulgação dos balanços de 2022 e 2021 ao mercado em 16 de novembro de 2023, a Americanas afirmou que “tem concentrado seus esforços em concluir os trabalhos das demonstrações financeiras de 2023 na maior brevidade possível e, neste momento, a melhor estimativa é de divulgá-las até 31 de janeiro de 2024”, diz fato relevante.

Anteriormente, a Americanas deu início à sua assembleia geral de credores (AGC) com o objetivo de obter a aprovação, ainda no dia de hoje, de seu plano de recuperação judicial.

O plano, respaldado por representantes de mais de 50% da dívida, propõe uma capitalização de R$ 24 bilhões. Nesse contexto, o trio de acionistas compromete-se a aportar R$ 12 bilhões no caixa da empresa, dos quais cerca de R$ 1,5 bilhão já foram integralizados por meio de um financiamento DIP (“Debtor in Possession”, em inglês, uma linha de crédito para empresas em recuperação judicial) antes da formalização do acordo. Simultaneamente, os bancos converterão R$ 12 bilhões de crédito em ações da Americanas.

Americanas (AMER3): credores aprovam plano de recuperação judicial

Os credores da Americanas (AMER3) chegaram a um acordo com a varejista e aprovaram o plano de recuperação judicial da companhia, que foi votado nesta terça-feira (19), durante Assembleia Geral dos Credores (AGC).

A proposta foi aceita com 91,14% dos votos sendo favoráveis ao plano. Em valor de dívida, 97,19% dos votos apoiaram a proposta oferecida. As informações são do “Valor”.

Os credores também tinham a opção de informar a sua abstenção, como um “voto nulo”. Pouco antes da votação ser encerrada, o administrador judicial revelou que havia 103 votos pela abstenção, incluindo credores que teriam “votado nulo” e outros que nem enviaram o seu voto digital.

A assembleia começou por volta das 14h com um quórum inicial de 97,36% dos credores sem garantia, como bancos e fornecedores, com dívidas que somam R$ 49,9 bilhões, do total de R$ 50,9 bilhões. Credores micro e pequenas empresas e trabalhistas terão pagamento integral de dívidas e não votam hoje.

No total, são cerca de 9,4 mil credores da empresa, segundo dados de junho, de todas as classes (trabalhista, com garantia, sem garantia e micro e pequenas empresas), sendo 5,4 mil sem garantias.

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