A Americanas (AMER3), atualmente em processo de recuperação judicial, informou nesta quinta-feira (3) a nomeação de Renato Drumond como novo vice-presidente de Varejo Digital.
Drumond, que possui mais de 30 anos de experiência no varejo e no setor digital, já fez parte da equipe da Americanas, onde iniciou sua trajetória como Trainee, ocupando cargos como gerente de loja, gerente regional e diretor de marketing. Agora, ele será responsável pela digitalização de clientes e pelo desenvolvimento do marketplace.
Nos últimos anos, Drumond teve uma participação significativa na criação do PontoFrio.com, na NovaPontoCom e na implementação da estratégia O2O (online-to-offline) da Cobasi.
“Sua experiência robusta no varejo e no digital será fundamental para impulsionar a plataforma de e-commerce da Americanas”, disse a empresa em comunicado.
Americanas (AMER3) forjava contratos para mascarar resultados
Um relatório do comitê independente que investigou a fraude na Americanas (AMER3) revelou que a empresa falsificava contratos com fornecedores para ocultar seus verdadeiros resultados. A informação foi divulgada pela CNN Brasil.
Segundo o relatório da investigação, os contratos de verba de propaganda cooperada, conhecidos como VPCs, eram manipulados para inflar os resultados apresentados pela empresa.
De acordo com a CNN, a investigação identificou vários contratos de VPCs que não foram pagos ou descontados dos valores negociados. Esses contratos são firmados entre a Americanas e seus fornecedores para promover produtos nas lojas, ajudando a reduzir parte dos custos de compra.
O relatório aponta que havia registros de contratos vencidos desde 2016 que nunca foram pagos. Foram identificadas alegações de fornecedores de que os valores haviam sido quitados, além de casos em que os próprios fornecedores não reconheciam os montantes mencionados.
Devido à subavaliação dos custos e despesas, os resultados da empresa eram apresentados como inflacionados.
Além disso, a Americanas buscava adiar o pagamento de suas obrigações com os fornecedores. Uma das táticas utilizadas era recorrer ao crédito e antecipar os valores recebidos dos contratos legítimos.