Enfrentando uma recuperação judicial, as ações ordinárias das Lojas Americanas (AMER3) chegam a cair 10,87%, sob valor R$ 0,41, por volta das 16h (horário de Brasília), no pregão desta segunda-feira. Esta é sua menor cotação desde o escândalo da fraude contábil, em janeiro de 2023.
Na época, o papel da Americanas era negociado a um preço em torno de R$ 12. Incluindo a desvalorização nesta sessão, a empresa já acumula queda de 20% apenas em um período de 30 dias, chegando a mais de 52% no ano, de acordo com o “Broadcast”.
Na comparação com seus pares do setor de consumo, a situação da companhia destoa de uma das principais rivais. Enquanto a Magalu (MGLU3) tem ganhos de 3,95%, a R$ 12,88, deixando de lado as pressões sobre os ativos sensíveis aos juros, a Casas Bahia (BHIA3) se uniu à Americanas, caindo 1,55%, a R$ 6,98.
Americanas (AMER3): leilão de credores com descontos a partir de 73,10%
A Americanas (AMER3), companhia responsável por um dos maiores pedidos de recuperação judicial do País, anunciou na noite de segunda-feira (27), que o leilão reverso de credores aceitou propostas com descontos a partir de 73,10% na dívida da companhia, que tem um trio de bilionários como acionistas de referência.
A varejista destinará cerca de R$ 2 bilhões para o pagamento das “propostas vencedoras” do leilão, afirmando que esse montante “não será suficiente para o pagamento integral de todos os créditos”.
Assim, somente as dívidas com descontos a partir de 73,11% serão pagas integralmente.
“Os credores habilitados que ofereceram o desconto de 73,10%…receberão o pagamento de seus respectivos créditos…de forma pro rata”, afirmou a Americanas, que adiou na semana passada, mais uma vez, a divulgação dos resultados trimestrais de 2023 e dos três primeiros meses do ano.