Fraude contábil

Americanas (AMER3): comitê de auditoria emite parecer sobre balanço

Comitê opinou favoravelmente sobre as demonstrações financeiras do período que terminou em 31 de dezembro de 2022

Americanas
Americanas / Reprodução

O Comitê de Auditoria da Americanas S.A. (AMER3), atualmente em processo de recuperação judicial, divulgou um parecer após revisar o relatório da administração e as demonstrações financeiras referentes ao exercício de 2022.

No parecer, o comitê manifestou, de forma unânime, uma recomendação favorável à aprovação das demonstrações financeiras do exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2022, embora tenha destacado a necessidade de cautela, considerando que as investigações sobre as irregularidades ainda estão em curso.

Em comunicado, a varejista esclareceu que as apurações continuam em andamento, mas as evidências preliminares sugerem que fraudes foram praticadas pela antiga diretoria da empresa.

Com base nas evidências preliminares, a Americanas, junto com seus consultores financeiros e contábeis, revisou suas demonstrações financeiras históricas, revelando uma complexidade adicional decorrente da falta de confiabilidade nas bases de comparação, devido às fraudes identificadas.

Esse cenário, conforme informado pela empresa, prolongou o processo de revisão, tornando-o mais demorado.

Americanas (AMER3) forjava contratos para mascarar resultados 

Um relatório do comitê independente que investigou a fraude na Americanas (AMER3) revelou que a empresa falsificava contratos com fornecedores para ocultar seus verdadeiros resultados. A informação foi divulgada pela CNN Brasil.

Segundo o relatório da investigação, os contratos de verba de propaganda cooperada, conhecidos como VPCs, eram manipulados para inflar os resultados apresentados pela empresa.

De acordo com a CNN, a investigação identificou vários contratos de VPCs que não foram pagos ou descontados dos valores negociados. Esses contratos são firmados entre a Americanas e seus fornecedores para promover produtos nas lojas, ajudando a reduzir parte dos custos de compra.

O relatório aponta que havia registros de contratos vencidos desde 2016 que nunca foram pagos. Foram identificadas alegações de fornecedores de que os valores haviam sido quitados, além de casos em que os próprios fornecedores não reconheciam os montantes mencionados.

Devido à subavaliação dos custos e despesas, os resultados da empresa eram apresentados como inflacionados.

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