Em seu balanço semanal publicado na noite desta quarta-feira (27), a Americanas (AMER3) mostra sinais de sobrevida. No período entre os dias 18 e 24 de setembro, a varejista registrou um saldo positivo em relação à contratações e demissões no seu quadro de funcionários.
Na semana passada, a companhia informou que promoveu 474 admissões e 267 desligamentos. No comunicado, a empresa disse que, até o último domingo (24), contava com um número total de 34.578 colaboradores sob o regime CLTs.
No período em questão, houve o encerramento de três lojas e a inauguração de outras duas. O número total de lojas da Americanas é de 1.784, correspondente a 94,8% do período anterior ao deferimento da recuperação judicial.
Apesar do alívio, as ações da varejista continuam em queda livre. Na sessão do Ibovespa desta quarta, os papéis da companhia recuaram 4,16%, com cotação de R$ 0,69. Em setembro, as ações da Americanas acumulam queda de 20,68%.
CPI da Americanas aprova relatório sem indiciamentos
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Americanas aprovou nesta terça-feira (26), por 18 votos a 8, o relatório do deputado Carlos Chiodini (MDB-SC) que não aponta culpados pelas irregularidades contábeis.
Além disso, o documento, que será encaminhado ao Ministério Público e à Polícia Federal,
sugere quatro projetos de lei para aperfeiçoar o mercado de capitais.
O principal embate na CPI foi se os acionistas de referência da varejista, o trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, seriam ou não indiciados pela fraude contábil.
Os três sempre negaram qualquer participação ou responsabilidade pelo rombo bilionário. Apesar disso, a atual gestão da Americanas acusou a antiga diretoria da empresa pela fraude.
Segundo o jornal “Valor Econômico”, Chiodini optou por não pedir o indiciamento de ninguém da Americanas por falta de tempo para aprofundar as investigações a ponto de individualizar as condutas dos antigos e atuais diretores.