Americanas (AMER3): CVM diz que rombo é "gravissímo"

Sem citar a Americanas, o CEO da CVM afirmou que a autarquia está lidando com um “caso gravíssimo”

O presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Nascimento, voltou a falar sobre o rombo da Americanas (AMER3) nesta terça-feira (14). Durante o CEO Conference, do BTG Pactual, o executivo não citou nominalmente a varejista, porém afirmou que a autarquia está lidando com um “caso gravíssimo”. 

De acordo com Nascimento, a estrutura de governança da CVM é absolutamente rigorosa, e que nem ele, nem o restante do colegiado estão envolvidos nas investigações que envolvem a Americanas.

“O caso é rumoroso e demanda uma resposta eficiente. A CVM terá rigor técnico e, com responsabilidade, não vamos poupar quem tenha cometido ilícitos que sejam capazes de fragilizar o mercado”, afirmou o presidente da autarquia. 

Nesta terça-feira, por volta das 14:15 (de Brasília), as ações da Americanas recuavam 2,65%, cotadas a R$ 1,10.

Americanas não fará demissão em massa até entregar plano de RJ

A Americanas (AMER3) não irá fazer demissões em massa até a apresentação do plano de recuperação judicial, prevista para 20 de março. Na última sexta-feira (10), representantes da varejista participaram de uma reunião de mediação organizada pela Procuradoria Geral do Trabalho (PGT).

De acordo com a companhia de varejo, ocorrerão apenas as rescisões ordinárias, como por exemplo, justas causas, pedidos de demissão e desligamentos pontuais.

Na reunião, também ficou acordado que as dispensas da Americanas serão realizadas mediante homologação dos sindicatos. “As homologações feitas no sindicato, de forma presencial ou telepresencial, garantem aos trabalhadores o cumprimento dos seus direitos por parte da empresa”, disse o presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio, Márcio Ayer, que também é dirigente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras Brasileiros (CTB).

O sindicato e as confederações ainda concordaram em realizar todas as homologações da Americanas gratuitamente. “O Sindicato dos Comerciários do Rio está com o departamento jurídico de plantão para orientar e realizar as homologações, sem custo. Também ficou acertado que seremos comunicados previamente sobre o funcionário que não desejar efetuar sua rescisão no sindicato, nesse caso, a empresa ficará liberada para proceder o trâmite no seu próprio âmbito”, completou Ayer. 

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile