A Americanas (AMER3) disponibilizou o relatório semanal no qual detalha os passos do seu processo de recuperação judicial. De acordo com o documento divulgado nesta quarta-feira (9), a varejista demitiu 349 funcionários entre os dias 31 de julho e 6 de agosto. A empresa tem hoje 34.874 trabalhadores para o quadro de CLTs.
A Americanas informou que no período houve o encerramento de mais sete lojas. O número total de estabelecimentos em funcionamento da empresa é de 1.813.
Americanas: Globo cobra dívida após prejuízo no BBB 23
A Americanas foi notificada pela Globo que cobra o pagamento de multa rescisória após a varejista não cumprir o contrato de patrocínio do reality Big Brother Brasil 23. A emissora aparece na lista de credores –instituições com as quais a Americanas tem dívidas–, com R$ 14,2 milhões pendentes.
Segundo apuração do site Notícias da TV, o valor descrito na lista de credores é referente não apenas à multa pela quebra do contrato de patrocínio, mas também a outras ações comerciais das Americanas veiculadas na emissora.
A Globo ainda pode entrar com uma ação de danos morais em um processo judicial apartado, fora dos autos da ação principal. Porém, como a varejista está em processo de recuperação judicial e em fase de investigação de uma suposta fraude, a emissora não receberia o valor devido tão cedo. Por hora, a Globo apenas notificou a empresa sobre a dívida.
Procurado, o canal de televisão informou à reportagem que não comenta negociação interna com parceiros nem casos sub judice. Procurada desde a semana passada, a Americanas não se pronunciou.
“A Globo não comenta negociação com seus parceiros nem ações sub júdice. Mas podemos reiterar que mantemos uma relação de respeito e de parceria de longa data com a Americanas e afirmamos que não existe intenção de processo futuro. Todas as negociações a respeito do assunto seguem os trâmites da recuperação judicial da empresa”, informou a emissora, via assessoria de imprensa.
Em janeiro deste ano, a rede de lojas abandonou o patrocínio do BBB 23 após se tornar uma das principais marcas associadas ao reality. A Americanas havia comprado a cota mais cara do programa, de R$ 105 milhões, que previa ações em provas e dinâmicas do dia a dia dos confinados –o Mercado Livre ocupou a vaga da ex-patrocinadora.
Foi no início do ano que a companhia descobriu a fraude contábil de mais de R$ 20 bilhões, que resultou no pedido de recuperação judicial.