A dívida da Americanas (AMER3) com bancos soma R$ 18,5 bilhões, sendo R$ 13,6 bilhões apenas com risco sacado. Santander (SANB11), Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) são os maiores credores, com R$ 3,7 bilhões, R$ 3,4 bilhões e R$ 4,7 bilhões, respectivamente. As informações são do jornal “Valor Econômico”.
Na quarta-feira (12), a Americanas anunciou ter encontrado “inconsistências contábeis” da ordem de R$ 20 bilhões. O rombo fez com que o diretor-presidente da varejista, Sérgio Rial, renunciasse.
Rial, que agora assessora os acionistas de referência da companhia, discutiu na sexta-feira (13) a possibilidade de ampliar o prazo para pagamento das dívidas, mas nenhum acordo foi fechado. No entanto, no mesmo dia, surgiu a notícia de que a empresa conseguiu uma liminar na Justiça suspendendo qualquer cobrança de dívida por parte de bancos e outros credores, estimando o endividamento em R$ 40 bilhões.
Para garantir o prazo que a Americanas vem pedindo, os credores exigem que Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, acionistas de referência da companhia, injetem dinheiro em volume suficiente para garantir o equilíbrio de capital.
Americanas (AMER3) tem dívida de R$ 40 bi e deve pedir RJ
A medida de tutela de urgência cautelar pedida pela Americanas (AMER3) foi concedida nesta sexta-feira (13) pelo juiz da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Paulo Assed. A decisão suspende qualquer possibilidade de um bloqueio ou penhora de bens da varejista e adia a obrigação da companhia de pagar suas dívidas até que um provável pedido de recuperação judicial seja feito à Justiça. As informações são do blog do Lauro Jardim, do jornal “O Globo”.
Assed deu um prazo de 30 dias para que a Americanas peça recuperação judicial. No pedido de tutela, a varejista relatou ter descoberto um rombo contábil de R$ 20 bilhões que pode acarretar “no vencimento antecipado e imediato de dívidas em montante aproximado de R$ 40 bilhões”.