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Americanas (AMER3) encerra setembro com caixa 23% menor

O caixa disponível final no mês passado foi de R$ R$ 1,195 bilhão, ante R$ 1,552 bilhão registrado em agosto

A Americanas (AMER3) emitiu comunicado ao mercado nesta sexta-feira (20), informando sobre seu balanço de setembro. Em recuperação judicial, a companhia reportou que seu caixa disponível final no mês passado foi de R$ R$ 1,195 bilhão, 23% menor que o registrado em agosto, que foi de R$ 1,552 bilhão.

Segundo o documento, a dívida da empresa em setembro era de R$ 20,657 bilhões. Na moeda norte-americana, a dívida era de US$ 1,068 bilhão. Os dados não incluem o endividamento bancário associado ao risco sacado.

O prazo médio dos produtos em estoque foi de 127 dias em setembro, o que representa um aumento ante os 123 dias registrados no mês anterior. O prazo de recebimento de clientes atingiu 37 dias em setembro, pouco abaixo, portanto, dos 38 dias registrado em agosto.

O total investido pelo Grupo Americanas em setembro de 2023 foi de R$ 24,948 milhões, bem acima dos R$ 9,618 milhões investidos em agosto. Em setembro, o canal digital não recebeu investimentos.

O documento informa ainda que a Americanas encerrou setembro com 1779 lojas, ante 1.794 lojas em funcionamento ao final de agosto. O número de clientes ativos era de 42.382.159 ao final de setembro, 1,1% menor que o número de clientes mantidos no mês anterior.

Fitch afirma ratings IDRs em D

A agência de classificação de risco Fitch publicou relatório nesta quinta-feira (19) no qual afirma que o rating de IDRs de longo prazo em moeda estrangeira e local da Americanas (AMER3) e o rating nacional de longo prazo estão em D. A Fitch também afirmou o rating das debêntures sem garantia da Americanas em ‘D(bra)’.

De acordo com o relatório, a afirmação dos ratings reflete o fato da companhia continuar sob proteção contra falência, concedida em 19 de janeiro de 2023. Desde então, a empresa ainda não chegou a um acordo final com os credores. “Assim que a Americanas concluir a reestruturação de sua dívida, a Fitch reavaliará a empresa com base na nova estrutura de capital, considerando o risco do negócio”, ressaltou.

Outro ponto que levou a nota, é o fato de que, desde quando entrou em recuperação judicial, a Americanas não divulgou suas demonstrações financeiras anuais de 2022 nem as demonstrações encerradas em março e junho de 2023, o que impede a Fitch de acessar seu atual perfil empresarial e financeiro. “A Fitch acredita que o acordo com os credores provavelmente chegará ao fim depois que a empresa divulgar suas declarações atrasadas, mas o prazo é incerto”, avalia a agência.