A Americanas (AMER3), que atualmente está em processo de recuperação judicial, estaria às vésperas de anunciar um acordo significativo com bancos e acionistas, totalizando R$24 bilhões, conforme publicado na coluna Painel da Folha de São Paulo.
Se confirmado, esse acordo representaria a maior capitalização da história. A coluna ainda indica que o entendimento está previsto para ser oficializado nesta terça-feira (21), de acordo com informações provenientes de fontes envolvidas nas negociações, conforme comunicado ao editor Julio Wiziack.
A publicação enfatiza que, por meio do acordo em questão, instituições financeiras como Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) estariam planejando converter parte de seus créditos em ações da empresa. Além disso, outra porção dos créditos seria sujeita a parcelamentos e descontos, conforme previsto no plano de recuperação judicial da varejista.
O Banco Safra ficaria de fora do acordo, mas o entendimento de outras instituições financeiras é de que ainda pode voltar mudar de ideia.
As ações da Americanas operam, nesta terça-feira (21), às 10h50 (horário de Brasília) em alta de 11,88%, cotada a R$ 1,13.
Americanas (AMER3): oitavo maior prejuízo desde 2010
Com o prejuízo líquido de quase R$ 13 bilhões, a Americanas (AMER3) entrou no ranking das empresas de capital aberto que mais tiveram prejuízos desde 2010.
Segundo levantamento do consultor financeiro Einar Rivero, publicado pela CNN, a varejista ocupa a oitava posição na indigesta lista.
Ainda de acordo com os dados, quatro dos dez maiores prejuízos foram de empresas petroleiras, sendo três da Petrobras (PETR3;PETR4) e um da OGX.
O maior déficit foi registrado pela Vale (VALE3), de R$ 44,2 bilhões, em 2016, após enxurrada de lama que inundar casas em Mariana deixando mortos e feridos.
Os outros dois prejuízos que completam o pódio são da Petrobras (de R$ 34,8 bilhões e R$ 21,5 bilhões).