O ex-CEO da Americanas (AMER3), Miguel Gutierrez, indicou que quer falar sobre Alberto Sicupira, um dos principais acionistas da varejista. Segundo a coluna de Lauro Jardim do jornal “O Globo”, o executivo encaminhou uma petição na tarde desta segunda-feira (7) à CPI para que seja convocado para depor novamente “com maior celeridade”.
Conforme a publicação, Gutierrez diz que quer ser ouvido “na primeira oportunidade”, mas por videoconferência, pois está no exterior impossibilitado de viajar de avião. E, ao contrário do pedido que fez à CPI na semana passada, afirma que aceita depor em sessão aberta — e não mais em sessão reservada.
Gutierrez deveria ter dado o seu depoimento aos deputados na terça-feira passada mas, na véspera, apresentou um atestado médico. Alegou que foi acometido por uma “complicação renal”, na Espanha, onde se encontra atualmente.
Na petição, os advogados de Gutierrez afirmam que o executivo “se dispõe a compartilhar informações para a melhor investigação e compreensão dos fatos” e insinua que quer falar sobre Sicupira:
“Corroborando com a compreensão da relevância da oitiva, ressalta-se o pronunciamento da deputada Fernanda Melchionna, na sessão de 1º de agosto, durante questionamentos feitos a Fábio Abrate (ex-diretor financeiro da Americanas): “Nós sabemos que o Miguel Gutierrez, certamente, não caiu lá de paraquedas, e que era muito, muito, relacionado com o Sicupira (…)”.
Ex-CEO apresenta atestado e não depõe na CPI
Marcado para a última terça (1º), o depoimento do ex-CEO da varejista, Miguel Gutierrez, na CPI da Americanas foi adiado após o executivo apresentar atestado médico.
O rombo contábil de aproximadamente R$ 20 bilhões da varejista veio à tona logo após a saída de Gutierrez do comando da companhia.
Anteriormente, o executivo havia pedido ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que fosse dispensado de comparecer à Comissão, mas o pedido foi negado. A corte só havia permitido que ficasse em silêncio caso não quisesse responder às perguntas.
Na terça, o advogado de Gutierrez protocolou um atestado médico informando que ele não está em condições de comparecer ao compromisso. Os motivos não foram divulgados.
Uma nova convocação depende do presidente da comissão, o deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE).