Mercado

Americanas (AMER3) fecha lojas deficitárias no Sudeste

A regiãot também é onde se cocnentra o maior número de lojas da empresa

As Lojas Americanas (AMER3) enfrentaram um ano difícil em 2023. A companhia chegou a fechar 99 lojas, no período entre janeiro e setembro do ano referido, as unidades eram consideradas pontos deficitários e lojas de pequena metragem. Sendo assim, ao final do período a Americanas tinha cerca de 1.764 mil pontos de vendas espalhados pelo Brasil.

A região onde a redução das lojas mais se concentrou foi no Sudeste do país, visto que é também a área com maior número de lojas da empresa, segundo o Valor Econômico. Da totalidade de pontos fechados, cerca de 70% deles localizavam-se em cidades onde existiam mais de uma unidade da marca. Para a direção da Americanas, alguns pontos fram fundamentais para manter os negócios.

Entre eles, a renegociação das condições de pagamento com fornecedores – que visou desembolsos à vista no ano passado – junto a injeção de R$ 1,5 bilhão de linhas de financiamento – também conhecidas como DIP (debtor-in-possession). 

De acordo com o Valor, o comando das Americanas também mencionou a analistas que as vendas da época de Páscoa foram outro efeito positivo no auxílio das atividades nos meses posteriores. Além disso, Leonardo Coelho, CEO da empresa, disse qe a negociação com fornecedores ajudou a ter resultados “um pouco mais normais” em loja. 

Executiva diz que 3º trimestre da Americanas foi positivo

Mesmo diante da queda em vendas na categoria “mesmas lojas”, entre janeiro e setembro, de aproximadamente 3% na Americanas, Camille Faria, executiva na liderança da área financeira, disse ao jornal entender que houve efeito no número de um primeiro e segundo trimestres muito difíceis. Porém o terceiro período já foi 3,6% positivo. 

Uma capitalização dos acionistas, em cerca de R$ 12 bilhões, deve acontecer em junho deste ano, conforme divulgado pela Americanas. Dessa forma, a empresa antecipa o aumento de capital para viabilizar os pagamentos do plano de recuperação, através do novo DIP de R$ 3,5 bilhões. 

“O digital teve choque de confiança do lojista do marketplace e do cliente, sentidos isso fortes, mas essa incerteza foi se dissipando ao longo do resto do ano […] Tem muito a reconstruir e não será fácil, mas estamos no caminho”, afirma Coelho. 

A Americanas disse, ainda, ter criado uma controladoria de operações que funciona como um tipo de interface entre a área financeira e  operacional. Isso ajudaria na análise de dados dos setores da empresa, um suporte às decisões estratégicas.