Americanas (AMER3): Itaú BBA coloca recomendação sob revisão

O Itaú BBA ainda estipulou um preço-alvo em R$ 15 para as ações da Americanas

A recomendação da Americanas (AMER3) foi colocada sob revisão pelo Itaú BBA (ITUB4). A casa ainda estipulou um preço-alvo em R$ 15. As ações da companhia abriram essa quinta-feira (12) em leilão, segundo a B3. O fato é devido ao comunicado feito pela varejista na quarta-feira (11), que informou sobre inconsistências encontradas em lançamentos contábeis, o que causou um rombo de R$ 20 bilhões.

De acordo com os analistas Gabriela Moraes, Thiago Macruz e Maria Clara Infantozzi, além das questões contábeis, a saída de Sérgio Rial do cargo de diretor-presidente deve causar um impacto significativo nas ações da Americanas.

“Acreditamos que muito da performance recente das ações foram sustentadas pela expectativa do mercado em relação ao trabalho de Sérgio Rial no médio e longo prazo”, escreveram.

O Itaú BBA também acredita que o valor final das inconsistências contábeis na Americanas é incerto, sendo que os R$ 20 bilhões são uma estimativa preliminar que será confirmada, podendo aumentar ou diminuir.

Nesta quinta-feira (12), por volta das 15:20 (de Brasília), as ações da Americanas despencavam 78,08%, cotadas a R$ 2,63.

XP altera recomendação de Americanas (AMER3) após rombo; confira

Além do Itaú BBA, a XP Investimentos (XPBR31) anunciou, nesta quinta-feira (12), que colocou sob revisão a recomendação da Americanas (AMER3). 

“Estamos colocando a cobertura de Americanas (AMER3) sob revisão, dada a falta de visibilidade sobre o que de fato aconteceu e os impactos efetivos a serem observados nas demonstrações financeiras da companhia”, informou a corretora.

Segundo a XP, o comunicado da varejista sobre o rombo bilionário traz diversos riscos para a tese de investimento. A primeira seria a própria saída de Rial do cargo de presidente. “Em nossa visão, o executivo era um pilar importante para sustentar o processo de transformação da companhia, devido a seu histórico de execução, gestão focada na redução de custos e credibilidade com o mercado”, disse.

A XP destaca que há riscos de processos judiciais nos EUA, dado que a Americanas possui ADRs (recibos de depósitos) negociadas no país. Por fim, devido aos desafios nos cenários macro e competitivo, a corretora afirmou que será prudente. “Mantemos nossa visão cautelosa com o segmento por conta da menor renda disponível, aumento das taxas de juros e competição mais acirrada”, concluiu em nota.