Varejista em crise

Americanas (AMER3): Juiz intima sobre indenização a investidor “vulnerável”

Grupo de investidores acusa derretimento do preço das ações da Americanas por "práticas ilegais de contabilidade, ausência de transparência, de boa-fé e de governança corporativa"

Reprodução/Americanas
Americanas (AMER3) / Foto: Reprodução

Em meio às repercussões da Operação Disclosure, que acusa o ex-CEO da Americanas (AMER3), Miguel Gutierrez, e a ex-diretora Anna Saicali de envolvimento em um esquema de desvios milionários, a varejista precisará se manifestar sobre um pedido de indenização por danos morais e materiais.

As fraudes contábeis deixaram um rastro de R$ 25,3 bilhões.

Na última sexta-feira (28), a 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro emitiu intimações para que os administradores judiciais da Americanas se pronunciem sobre uma ação movida pelo Instituto Brasileiro de Cidadania.

A ação representa os interesses dos investidores “minoritários e vulneráveis” da companhia — indivíduos que possuem ações da varejista.

A ação ocorreu três dias após a Justiça Federal do Rio de Janeiro emitir mandados de prisão e busca e apreensão contra Gutierrez, Anna Saicali e outros ex-executivos da varejista, investigados por supostas fraudes contábeis.

Os administradores da recuperação judicial da Americanas têm até o próximo dia 8 para notificar a Justiça de que estão cientes da determinação.

A partir desse momento, inicia-se o prazo para que se pronunciem sobre a ação de danos morais e materiais, com a data limite para a resposta sendo 23 de julho.

Na ação, o Instituto Brasileiro de Cidadania acusa a Americanas pelo colapso no valor de suas ações, atribuindo a situação a “práticas contábeis ilegais, falta de transparência, ausência de boa-fé e deficiências na governança corporativa”.

Americanas (AMER3) unifica Submarino e Shoptime sob seu próprio aplicativo

Após uma semana dominada por notícias sobre o caso policial envolvendo ex-executivos, a Americanas (AMER3) inicia a integração dos sites e aplicativos de Shoptime e Submarino sob a marca Americanas. Os icônicos sites de vendas online têm sido parte do grupo desde os anos 2000.

A notícia da unificação foi antecipada pela coluna de Lauro Jardim, em “O Globo”, e confirmada pelo InfoMoney.

De acordo com a coluna, parte das equipes da Americanas estava ciente da unificação desde maio, especialmente aquelas envolvidas nas plataformas online. Essas equipes trabalharam na transferência das operações do Shoptime e do Submarino para os meios eletrônicos da Americanas, enquanto desativavam as plataformas antigas.